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Editorial

Quem aposta no pior não merece consideração

A palavra da diretoria desta edição fala das conquistas da classe trabalhadora e a manipulação da grande mídia sobre a atual situação econômica do país

Imprensa SMetal
Arte: Lucas Delgado/Imprensa SMetal

O SMetal considera legítimas as manifestações contra medidas do governo Dilma  e contra as ações arbitrárias do presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Todo cidadão de bom senso e responsável, que tenha origem na classe trabalhadora, espera que as condições sociais e econômicas do País melhore cada vez mais. Mais do que esperar, ele raciocina e age para que seus governantes, quando eleitos pelo voto direto da própria população, corrijam rumos de suas administrações no sentido de proteger o emprego e reduzir o custo de vida, ao mesmo tempo em que protegem os direitos sociais e as liberdades democráticas.

Quem aposta no pior para fazer propaganda em cima da desgraça alheia merece repúdio, pois pratica um atentado contra a democracia. Um atentado onde as principais vítimas são, desde sempre na história, a classe trabalhadora e as camadas mais humildes da população.

As manifestações públicas, os atos de protestos são resultados de lutas de muitas gerações passadas e que, felizmente, são um direito cada vez mais consolidado dos brasileiros. Mas usar esse avanço democrático para induzir um golpe de Estado é um crime, é um sinal do menosprezo da direita pela inteligência do trabalhador.

No Brasil, a oposição e boa parte dos grandes órgãos de imprensa se comportam como agentes venenosos em prol do golpismo. Eles subvertem e manipulam fatos para gerar o ódio na sociedade. O objetivo final é criar condições políticas para tirar a voz daqueles trabalhadores e trabalhadoras que hoje, equivocadamente, adotaram o discurso da direita.

O SMetal considera legítimas as manifestações contra medidas do governo Dilma Rousseff e contra as ações arbitrárias do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Podemos e devemos sair às ruas para exigir que os ajustes fiscais necessários sejam feitos sobre as grandes fortunas; para exigir o fim de projetos e medidas prejudiciais aos trabalhadores, como a terceirização, restrição ao auxílio doença, ao seguro desemprego e ao PIS.

Agora, devemos observar os limites entre exigir mudanças justas e legítimas nas ações do governo e engrossar uma campanha obscura que vem tentando acabar com o governo em si. Essa tentativa, se desgraçadamente bem-sucedida, iria colocar em risco a estabilidade democrática do país.

Organizações que estão convocando a manifestação do dia 16 tentam desestabilizar o país desde antes da eleição de 2014. Eles são em grande parte responsáveis pelo clima negativo que afastou investimentos e afetou a economia do Brasil nos últimos meses. Depois das eleições, esse mesmo grupo, liderado pelo mau perdedor, Aécio Neves, tenta detonar o país para realizar um terceiro turno da votação, o que fere a Constituição Federal.

Marchar ao lado de quem defende o caos é servir de bucha de canhão para os inimigos históricos da classe trabalhadora. Já a manifestação do dia 20, da CUT e de movimentos sociais comprometidos com os trabalhadores, fazem o caminho correto num país civilizado e democrático: reivindica mudanças no que é preciso mas, ao mesmo tempo, defende e fortalece as liberdades civis.

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