Como trabalhadores temos a tarefa urgente de nos identificarmos como classe trabalhadora e não nos iludirmos com os cenários e personagens de novelas, protótipos de burgueses bem sucedidos.
Almejar uma carreira e melhorias na qualidade de vida faz parte da nossa luta. O que não faz parte é nos identificarmos com figuras como Bolsonaro, Eduardo Cunha, Michel Temer e o empresário-sem-empresa Paulo Skaf, que preside a Fiesp, uma torre de tramoias contra o assalariado.
Os ideais deles não são os mesmos de um pai ou mãe de família que depende do salário todos os meses para pagar aluguel, combustível, fazer as compras do mês e ainda pagar escola pro filho, quando o Estado não dá garantias mínimas em segurança e educação.
O Brasil só terá uma nação de cidadãos conscientes vivendo harmoniosamente se compreendermos que é o nosso trabalho que gera toda a movimentação da economia e é justamente esse trabalho super explorado que rende lucros a essa quadrilha citada, de políticos comprometidos com o setor financeiro.
Eles estão olhando para os seus próprios interesses. Quem se lembra dos governos anteriores ao do Lula, por exemplo, das filas do desemprego e das caixas para currículos que as empresas disponibilizavam nas frentes das firmas?
A situação mudou nos últimos anos, mas isso não significa que o movimento sindical ficou parado. Lutamos contra os ajustes fiscais, somos contra a reforma da previdência, continuamos a reivindicar a taxação das grandes fortunas e acima de tudo, precisamos da reforma política, para mudar a estrutura de poder no país.
O Brasil precisa destravar a agenda da classe trabalhadora. A economia está ruim, precisa de mudanças urgentes sim, mas para esse grupo de conservadores, que recebem total apoio da grande mídia a favor do golpe, “quanto pior, melhor”.
Há um grande problema quando os telejornais se transformam em mera continuação das novelas. O roteiro da realidade da classe trabalhadora não é o mesmo do mundo burguês. Por que não aparecem nos noticiários as ameaças à sociedade que tramitam no Congresso, como a ampliação da terceirização e da precarização do trabalho, o fim das férias e o fim da licença ambiental, por exemplo?
Com quais ideais você se identifica? E o que você quer para a sociedade? Queremos progresso. Avançar, e não retroceder.