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Campanha Salarial

Protestos e paralisações aumentam no Estado

Na base FEM-CUT, Sorocaba e Cajamar fizeram assembleias prolongadas. A Gerdau em Pinda parou nesta quarta e a Tecumseh do Brasil, em São Carlos, entrou em greve

FEM-CUT/SP
Divulgação

Paralisação na Tecumseh do Brasil, em São Carlos, que iniciou na noite de terça-feira (30)

Mais de 2 mil metalúrgicos nas bases da FEM-CUT/SP, Conlutas (São José dos Campos) e da Intersindical (Campinas e Limeira) aderiram ao Dia Estadual de Lutas com mobilizações e paralisações nas produções, ocorrido na terça-feira (30) , e os protestos continuam nesta semana.

O objetivo é pressionar os patrões a destravarem as negociações e avançarem na pauta de reivindicações dos trabalhadores que estão em Campanha Salarial. A data-base das categorias é 1º de setembro. Esta decisão foi acertada em reunião com os presidentes das entidades no último dia 26, na sede da CUT, e a estratégia foi iniciar os protestos e paralisações, primeiramente, no setor de autopeças. Somando todos os setores metalúrgicos, as três centrais representam cerca de 340 mil trabalhadores no Estado.

Até agora, todas as bancadas patronais apresentaram à FEM-CUT como proposta de reajuste salarial apenas o INPC da data-base da categoria, 1º de setembro, 6,35%. Na última rodada com o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), realizada na terça-feira (30), a bancada manteve a reposição da inflação.

Metalúrgicos CUT

Na base da FEM-CUT/SP, os protestos iniciaram nas regiões de Cajamar, Sorocaba, São Carlos e Pindamonhangaba. O Sindicato dos Metalúrgicos de Cajamar realizou na manhã de terça-feira (30) assembleias com protestos nas portas das fábricas da Brasforja (setor de forjaria) e da AJE (empresa ligada ao setor de autopeças). “Queremos um aumento real justo no salário”, disse o diretor do Sindicato e da FEM-CUT/SP, José Carlos, ao Portal FEM.

Em Sorocaba, os trabalhadores do primeiro turno da ZF do Brasil e ZF Sistemas, em Sorocaba, pararam a produção por mais de 1h30 na terça-feira, dia 30.

Os metalúrgicos na Tecumseh do Brasil (empresa do setor de máquinas), em São Carlos, iniciaram na noite, do dia 30, uma paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores na Gerdau, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação de uma hora na manhã desta quarta-feira (1º) de outubro, e segundo o Sindicato ameaçam entrar em greve nesta semana.

Assembleia e demais sindicatos

Na sexta-feira (3), os metalúrgicos do ABC farão uma assembleia geral e definirão a organização de paralisações na base a partir de segunda-feira (6). A orientação da FEM é que todos os sindicatos filiados façam nas suas bases assembleias prolongadas e paralisações.

Conlutas e Intersindical

Já em São José dos Campos, o Sindicato dos Metalúrgicos organizou a paralisação de 24 horas na autopeças Eaton, que contou com a adesão de 450 trabalhadores. Na base da Intersindical, a greve atingiu cerca de 1.500 trabalhadores na Mahle, em Indaiatuba.

Greve por tempo indeterminado

Os sindicatos metalúrgicos da base FEM-CUT, SJC (Conlutas), Campinas, Limeira e Santos (Intersindical) também definiram que se até sexta-feira (3) de outubro as bancadas patronais não apresentarem uma proposta de reajuste salarial com aumento real que atenda à categoria metalúrgica, a partir do dia (6), as fábricas de todos os setores patronais vão parar.

Campanha Salarial -bases

Data-base: 1º de setembro

Metalúrgicos Campinas, Limeira e Santos (Intersindical)

Base total: 83 mil trabalhadores, sendo deste total 25 mil são do setor de autopeças

Metalúrgicos de São José dos Campos

Base total: 43,5 mil trabalhadores, sendo deste total 4.800 são do setor de autopeças

FEM-CUT

Neste ano estão sendo negociadas as cláusulas econômicas, porque as sociais têm validade de dois anos e valem até 31 de agosto de 2015.

As reivindicações deste ano são: reposição dos salários pelo índice integral da inflação; aumento real de salário; valorização dos pisos; licença-maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras (No Grupo 8 e Estamparia a cláusula é “facultativa” e a FEM quer que se torne um direito garantido e no G10 a cláusula assegura 150 dias) e redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:89,139 mil
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51,531 mil
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários,
rodoviários entre outros)
Total: 41,872 mil
Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 23,825 mil
Estamparia
Total: 5,337 mil
Fundição
Total: 3,941 mil
Total: 215, 645 mil metalúrgicos em Campanha. Lembrando que a FEM-CUT/SP representa 251 mil metalúrgicos na base (neste dado estão incluídos os setores aeroespacial e montadoras)

Fonte dos dados: Subseção do Dieese da FEM-CNM/CUT

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