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Campanha Salarial

Protesto reúne 8 mil metalúrgicos em Sorocaba

Manifestação aconteceu na manhã desta terça, dia 13. Os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial superior a 10%. Até agora, os grupos patronais da Fiesp ofereceram pouco mais de 8% de reajuste.

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal Sorocaba
Valmir Marques, Biro-Biro, presidente da FEM/CUT, parabenizou metalúrgicos de Sorocaba pela capacidade de mobilização

Valmir Marques, Biro-Biro, presidente da FEM/CUT, parabenizou metalúrgicos de Sorocaba pela capacidade de mobilização

Mais de oito mil metalúrgicos de Sorocaba pararam a produção nas fábricas por mais de três horas, na manhã desta terça-feira, dia 13, para exigir que os empresários apresentem propostas salariais para a categoria.

Os trabalhadores começaram a se concentrar às 5h30 em um terreno no início da avenida Independência, na zona industrial de Sorocaba, para participar do ato público liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Às 6 horas teve início uma assembleia com participação de lideranças políticas e sindicais da região. O ato terminou às 9h.

Os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial superior a 10%. Até agora, os grupos patronais da Fiesp ofereceram pouco mais de 8% de reajuste.

O Sindicato em Sorocaba promete novos protestos esta semana caso as negociações não avancem.

Nesta quarta-feira, às 10h, em São Paulo, acontece uma nova rodada de negociações entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e os empresários de um dos principais segmentos metalúrgicos da região, o chamado Grupo 3, que reúne autopeças, forjarias e fabricantes de parafusos.

Valmir Marques, o Biro-Biro, presidente da FEM/CUT, o deputado estadual Hamilton Pereira (PT) e dirigentes sindicais de várias categorias profissionais na região, participaram do protesto em Sorocaba.

Grupos patronais
Os empresários do ramo metalúrgico se dividem em sete grupos de negociação na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Desses, apenas o grupo que reúne as montadoras firmou acordo, que prevê 10% de reajuste e abono salarial de R$ 2500.

Nos demais grupos estão distribuídas fabricantes de autopeças, forjarias, máquinas, eletroeletrônicos, siderúrgicas e laminação, entre diversas outras.

Para o Sindicato de Sorocaba, o abono não é interessante. “Queremos valorização salarial, o que significa aumento real incorporado ao salário do trabalhador”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

Assembleia domingo
No domingo, dia 18, às 9h da manhã, os metalúrgicos vão se reunir na sede do Sindicato para avaliar eventuais propostas de acordo ou definir novas estratégias de mobilização. O Sindicato está convidando toda a categoria para participar dessa assembleia.

A data-base para reajuste anual dos metalúrgicos venceu no último dia 1º de setembro.

“A categoria está insatisfeita com o descaso dos grupos patronais. Os empresários sabem que o protesto desta terça poderia ter durado muito mais do que três horas, caso a gente colocasse a greve em votação. Para evitar novas paralisações, eles devem apresentar propostas sérias de acordo”, ressalta Terto

Assunto na Câmara
Logo depois do protesto desta terça, o diretor do Sindicato e vereador Izídio de Brito, do PT, levou o assunto campanha salarial dos metalúrgicos ao plenário da Câmara Municipal de Sorocaba.

Izídio explicou aos demais vereadores e à população, pela transmissão ao vivo da TV Legislativa, os motivos do protesto dos metalúrgicos; e afirmou que a categoria vai continuar mobilizada até conseguir um bom acordo.

“A pauta de reivindicações da categoria foi entregue aos patrões em julho. A data-base venceu dia 1º de setembro. E até agora, nada de resposta dos empresários. Assim, as paralisações por fábrica podem acontecer já a partir desta quinta”, afirma o vereador metalúrgico.

Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba: “paralisações por fábrica podem ocorrer a qualquer momento”. Foto: Foguinho/Imprensa SMetal

Sindicato estima em mais de 8 mil o número de participantes do ato em Sorocaba na manhã desta terça, dia 13. Foto: Paulo Andrade/Imprensa SMetal

A manifestação começou às 5h30 e terminou às 9h, “Mas havia disposição para parar o dia todo”, analisa Terto. Foto: Paulo Andrade/Imprensa SMetal

No final do ato, dirigentes sindicais convidaram todos a participarem de uma assembleia neste domingo, às 9h, na sede sindical de Sorocaba. Foto: Foguinho/IMprensa SMetal

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