Um dia depois da proposta de 5,5% de reajuste salarial apresentada pelos patrões das autopeças (G3), os metalúrgicos das prestadoras de serviços (sistemistas) da Toyota, em Sorocaba, pararam a produção por duas horas nesta quarta-feira, dia 10, para exigir um índice melhor de aumento nos salários.
O protesto em Sorocaba, na zona norte, próximo à Toyota, aconteceu das 6h às 8h, foi liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e contou com a participação de cerca de 500 trabalhadores das sistemistas TT Steel, Scórpios, Sanoh e Kanjiko.
A manifestação não envolveu os metalúrgicos da Toyota, que já têm acordo firmado nesta campanha salarial, garantindo a inflação e 2% de aumento real.
A inflação dos últimos 12 meses foi de 6,35%, de acordo com o INPC/IBGE. A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) reivindica a reposição integral da inflação e mais aumento real. Os grupos patronais, porém, têm oferecido reajustes entre 4,5% e 5,5%. Portanto, abaixo da inflação.
Apoio aos protestos
A FEM protocolou comunicado de greve junto ao Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos) na manhã desta terça-feira, dia 9. O mesmo deve acontecer nos próximos dias, caso as propostas não melhorem.
“O protesto desta quarta foi apenas o início da luta por melhores salários e avanços sociais na Convenção Coletiva. Pedimos o apoio de todos os metalúrgicos a essas manifestações a fim de fortalecer a FEM nas negociações. Caso as propostas não melhorem, teremos respaldo da Lei para iniciar paralisações mais demoradas e greves”, informa o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva.