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Campanha Salarial

Propostas das bancadas patronais não atendem reivindicações da categoria

Acordos já foram recusados pela FEM-CUT/SP e pelos sindicatos filiados; diretoria do SMetal intensificou a mobilização nas portas das fábricas e vai realizar assembleia geral na próxima semana

Imprensa SMetal
Arte Cássio de Abreu Freire
SMetal intensificou mobilização nas fábricas de Sorocaba e Região

SMetal intensificou mobilização nas fábricas de Sorocaba e Região

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) seguem lutando para avançar nas negociações da Campanha Salarial de 2022.

As bancadas patronais apresentaram suas propostas, mas até o momento, elas não atendem às reivindicações que foram aprovadas pela categoria em maio, quando a Campanha Salarial de 2022 teve início.

Erick Silva, presidente da Federação, destaca que as propostas apresentadas até agora já foram rejeitadas pelos sindicalistas. “Desde que começamos as negociações deixamos claro que seguiríamos o que os metalúrgicos pediam quando aprovaram a pauta de reivindicações. Qualquer proposta diferente do que a categoria busca não seria e não será aceita. Nosso compromisso é garantir que a Campanha Salarial, de fato, valorize os trabalhadores”.

O presidente interino do SMetal, Silvio Ferreira, também afirma que os dirigentes sindicais estão prontos para lutar pela valorização dos metalúrgicos. Ele lembra que, em oito anos do governo Lula, a categoria teve 23,61% de aumento real nos salários, enquanto com Temer e Bolsonaro, esse crescimento foi de apenas 1,82%.

“Nos últimos seis anos, o resultado só não foi negativo por conta da luta do Sindicato, que não mediu esforços para garantir ganhos para os metalúrgicos. Nesse período também sofremos com uma contínua crise econômica e sentimos no bolso como tudo ficou mais caro, especialmente no supermercado. Queremos um reajuste que garanta dinheiro no bolso dos trabalhadores”.

Silvio completa dizendo que a deflação, fruto de medidas eleitoreiras de Bolsonaro, não chegou ao bolso dos trabalhadores. “Em dois meses de deflação, os alimentos não pararam de subir. Apesar do aumento ter sido menor, ainda assim o que vimos foi o preço crescer e afetar diretamente nossas vidas. É sempre preciso lembrar que somos nós, trabalhadores, que garantimos a produção das empresas e fazemos a economia do país girar. Portanto, nada mais justo que nosso reajuste esteja a altura do trabalho que desempenhamos”.

Mobilização e unidade

O SMetal tem intensificado as assembleias de mobilização nas portas das fábricas. As fotos de capa e contracapa desta edição são dos encontros com os trabalhadores das empresas de Sorocaba e região.

“Agora é o momento de mostrar nossa capacidade de luta e deixar um recado bem claro para os patrões: não vamos arredar o pé da mobilização e da busca por valorização em mais uma Campanha Salarial. E enquanto não tivermos sucesso nessa empreitada, continuaremos unidos e cobrando o que é nosso por direito. Sabemos o nosso valor e temos força o suficiente para atingir nossos objetivos”, afirma Adilson Faustino (Carpinha), secretário de finanças da FEM.

Próximos passos

Nesta quarta-feira, 21, uma nova reunião com a diretoria e o conselho deliberativo da FEM-CUT/SP, e com os 13 sindicatos filiados, está marcada para acontecer no ABC. Além disso, o SMetal deve realizar, na próxima semana, assembleia – eletrônica e presencial – para que a categoria vote as propostas das bancadas patronais.

“É fundamental avaliar e decidir os próximos passos. Além disso, é muito importante que os metalúrgicos também deem seu voto nas propostas apresentadas para que possamos seguir com as negociações em busca de mais uma Campanha Salarial vitoriosa”, diz Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), vice-presidente do SMetal.

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