O Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária estará em discussão na sessão ordinária desta quinta-feira (01), na Câmara Municipal. O projeto de lei, de autoria do vereador Izídio de Brito Correia (PT), cria condições para que a coleta seja estendida a toda a cidade e prevê a remuneração às cooperativas de catadores pelo mesmo valor, por tonelada, que hoje a prefeitura paga a empresa que coleta o lixo convencional e o descarta no aterro sanitário, sem nenhuma separação ou medidas de reaproveitamento ou reciclagem.
Além da geração de renda dos catadores e do serviço à população, o projeto beneficia também o meio ambiente e a vida útil do aterro sanitário, tendo em vista que cerca de 1/3 de todo o material coletado em Sorocaba é reciclável e acaba sendo aterrado. “Isso, sem contar a economia de matéria prima extraída da natureza, como árvores, bauxita e petróleo”, ressalta o vereador.
Apesar de todos os aspectos positivos do projeto, a Consultoria Jurídica da Câmara emitiu parecer contrário, alegando que a medida é inconstitucional. Segundo a Consultoria, a iniciativa deveria ter partido da prefeitura. “Ao saber disso, procurei Secretários e até mesmo o prefeito Vitor Lippi, porém nenhum deles demonstrou vontade política em resolver o problema da reciclagem em Sorocaba”, adverte Izídio justificando a volta do projeto na pauta. “Nossa cidade precisa de uma coleta universalizada, por isso lutarei pela derrubada do parecer e aprovação do Programa”, explica.