Professores da rede estadual de São Paulo farão assembleia na próxima sexta-feira, dia 13, para discutir o calendário de mobilizações e a possibilidade de greve contra o corte de verbas na educação realizado pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e contra o fechamento de 3.330 salas de aula. O encontro ocorrerá a partir das 14h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.
Desde 29 de janeiro, quando foi marcada a assembleia, até esta sexta-feira, dia 6, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realiza encontros regionais nas suas 90 subsedes. Até agora, 60 já se posicionaram a favor da greve.
Em janeiro, o governador anunciou uma série de iniciativas para reduzir gastos, entre elas, o corte de 15% dos cargos comissionados e de 10% no custeio da máquina pública, além do congelamento de 10% das despesas previstas no orçamento do estado para 2015, o equivalente a R$ 6,6 bilhões.
O sindicato espera que pelo menos 300 ônibus com professores se desloquem para a capital paulista para a assembleia. “Vamos definir um calendário de mobilização e greve. Entendemos que o fechamento de salas tem a ver com o enxugamento dos gastos públicos, que também nos tira possibilidades de reajustes e bonificações. O Alckmin sempre usou a educação para se eleger, mas depois disso os professores precisam de greve para conseguir as mínimas coisas”, critica a presidenta da Apoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel.
Os professores também reivindicam aplicação da jornada do piso salarial, garantia de abastecimento de água em todas as escolas da rede, medidas de prevenção à violência, contratação de todos os concursados, aumento dos vale-alimentação e vale-transporte e o fim da contratação de professores da categoria O.