Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo suspenderam hoje (10) a greve iniciada no dia 19 de abril. A decisão foi tomada em assembleia realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista. A direção do sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) se reuniu hoje de manhã com reprentantes da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
A assembleia de hoje foi tumultuada, teve discussão sobre o resultado da votação e arremesso de objetos em direção ao carro de som usado pela Apeoesp, onde estavam os diretores do sindicato. Eles se refugiaram no carro de som e o veículo foi impedido de deixar o local por mais de uma hora.
Na reunião com o secretário estadual de Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, segundo informações da assessoria de imprensa da Apeoesp, a secretaria propôs negociar com os trabalhadores, a partir do segundo semestre deste ano, sobre as reivindicações econômicas feitas pelos servidores durante a campanha salarial, diminuir de 200 para 45 dias o intervalo que os professores da categoria O devem cumprir na renovação dos contratos, a chamada quarentena, permitir o atendimento dos professores da categoria O no Hospital do Servidor Público Estadual (Iamsp), suspender a realização de uma prova para admissão dos professores da categoria F e tornar este processo facultativo aos docentes da categoria O. O governo manteve a proposta de reajuste de 8,1%.
Os professores estavam em greve desde o dia 19 de abril e reivindicavam aumento de 36,7%. De acordo com a presidenta da Apeoesp, a adesão à paralisação ontem era de 25% a 30%.
A Secretaria da Educação foi procurada para comentar sobre a reunião e o fim da greve, mas ainda não respondeu a solicitação.