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Professores e governo se reúnem pela terceira vez em Curitiba

Encontro tem como objetivo o fim da greve da categoria que já dura 17 dias. Antes da reunião, servidores realizam marcha nas ruas centrais da capital

G1
Diego Sarza/RPC

Professores estão em greve desde 9 de fevereiro

Representantes do governo do estado e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) devem se reunir mais uma vez, nesta quarta-feira, dia 25, para tentar pôr fim à greve da categoria, que já dura 17 dias. O encontro está marcado para as 10h no Palácio Iguaçu, sede do governo.

Quase um milhão de alunos da rede estadual estão sem aulas desde o dia 9 de fevereiro, quando o ano letivo deveria ter iniciado nas escolas da rede estadual. Governo e trabalhadores já se reuniram duas vezes para traçar um acordo, que, apesar de avanços elencados por ambas as partes, ainda não ocorreu.

Antes da terceira reunião, a categoria promete realizar uma marcha em protesto, para a qual estima a adesão de cerca de 30 mil pessoas. De acordo com a APP-Sindicato a marcha terá dois roteiros simultâneos. Os servidores da Região Metropolitana de Curitiba e da capital vão se reunir na Praça Rui Barbosa, no Centro, a partir das 8h30. Em passeata, eles seguirão até a Secretaria da Fazenda, a Praça Tiradentes e finalizam a caminhada no Centro Cívico.

No mesmo horário, as caravanas de educadores e funcionários vindos do interior e do litoral paranaense se concentram na Praça Santos Andrade, no Centro. Este grupo seguirá pelas Avenidas Marechal Deodoro, Marechal Floriano, Praça Tiradentes e seguem para o Centro Cívico, onde encontram os demais manifestantes.

Greve

Desde o início da greve, vários servidores estão acampados no Centro Cívico, onde fica a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e o Palácio Iguaçu. Eles chegaram a invadir o Legislativo quando deputados tentaram aprovar em apenas um dia um pacote de medidas de austeridade que poderia mexer com benefícios dos servidores. Os projetos foram retirados pelo governo para revisão.

O último encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) e representantes do governo Beto Richa (PSDB) durou mais de seis horas, na última sexta-feira, dia 20. Dentre os acordos estabelecidos nesta reunião, foi confirmada a contratação de mil professores e pedagogos aprovados em concurso público, mas que não haviam sido chamados.

Um dos principais entraves, porém, são os pagamentos de promoções e progressões de carreira que estão atrasados. Enquanto os trabalhadores exigem pagamento imediato, o governo quer postergar. “Não vamos assumir despesas sem que haja perspectiva de receita”, afirmou o secretário chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra.

Segundo o presidente do sindicato, Hermes Leão, outros temas ficaram pendentes para as discussões: “Licença prêmio que tinha sido cancelada, programa de PDE que está previsto para agosto, nomeação de 463 pessoas, além dos que já foram anunciados, licenças para mestrado e doutorado que ainda não tem uma orientação, redistribuição de aula dos PSS, abertura de novas turmas e liberação de programas e projetos que estao pendentes”, resumiu.

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