Um ato em solidariedade aos professores agredidos pela Polícia Militar no Paraná foi promovido no campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) na noite de ontem, dia 5 de maio, e também expôs a situação vivida pelos professores em greve no Estado de São Paulo. O encontro agendado para ocorrer durante o período do intervalo das aulas, às 20h30, estendeu-se por uma hora, devido ao número de representantes de professores e coletivos inscritos para se manifestar. A ação foi pacífica, promovida no interior da própria UFSCar e de acordo com um dos organizadores, o professor do curso de geografia, Gilbero Cunha Franca, cerca de 400 pessoas chegaram a se concentrar no evento.
Outro dos organizadores, o professor do curso de pedagogia e do programa de mestrado em Educação, Marcos Francisco Martins, explicou que o ato foi divido em três etapas, a primeira com a leitura de uma moção, que inclusive comparou a reação do governo paranaense ao que se vivia no tempo da ditadura militar. Na segunda etapa houve a manifestação de estudantes, professores, representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e de coletivos e diretórios acadêmicos. Na terceira etapa os presentes assinaram uma faixa que será enviada ao sindicato dos professores do Paraná, em apoio, incentivo e solidariedade. Também houve a apresentação de dança afrobrasileira pelo grupo Abayomi”n.
A coordenadora da Apeoesp, Magada Souza, reclamou que em São Paulo, o governo recorreu à Justiça e conseguiu impedir que os grevsitas façam passeatas e entrem no local de trabalho para conversar com os colegas de profissão. A estudante idealizadora do evento e diretora do Diretório Central dos Estudantes, Aline Isidoro, chamou a atenção para que “essa é a situação que está esperando a gente (futuros professores)”. O professor Márcio Gatti opinou que 2015 será um ano difícil para os direitos humanos e direitos dos trabalhadores.
O estudande Fred Assis disse que em São Paulo, o governo fala que não há a greve e no Paraná o Estado usou cães pit bull para atacar os professores. Daniel Cardoso, disse que o ato no Paraná representa a crise na educação brasileira.