‘Vigília Democrática Lula Livre’ nas proximidades da sede da PF de Curitiba
Em entrevista ao SMetal o professor da UFSCar, André Cordeiro, lembrou de uma conversa que teve com uma mulher que estava uma manifestação pela democracia, em 2016, ano do golpe de Estado que tirou Dilma da presidência da República.
Ela, empregada doméstica, falou assim para ele: “olha, eu sei bem o que é isso. É quando a patroa quer nos mandar embora e inventa que roubamos alguma coisa da casa”.
Essa fala traduz o que sente milhares de brasileiros diante a condenação anunciada do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. “A perseguição política que ele sofre é devido ao projeto que representa para o país”, afirma o presidente do SMetal, Leandro Soares.
Na noite em que o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, anunciou a condenação à prisão, dezenas de pessoas que integram movimentos da Frente Brasil Popular de Sorocaba se reuniram no auditório do SMetal.
Em reunião, decidiram ir no dia seguinte (6) até São Bernardo do Campo para fazer uma vigília por Lula e pela democracia.
O ódio das elites
À imprensa SMetal, Hamilton Pereira, que foi deputado estadual por 20 anos, explicou o ódio das elites em relação ao ex-presidente. “O Lula implementou programas que trouxeram igualdade para o filho de pedreiro, para o filho da empregada doméstica, que poderiam entrar na universidade, através do Prouni, com o Ciências Sem Fronteiras. Enfim, o Lula levou o Luz para Todos. Destinou mais recursos do que todos os presidentes anteriormente para a agricultura familiar. Democratizou as políticas e isso para as elites é imperdoável. É imperdoável alguém que veio debaixo, que eles afirmavam ser um ignorante, que não tinha escolaridade – e que hoje tem 54 diplomas doutor honoris causa. Nenhum outro presidente da história do Brasil conseguiu esse feito”.
