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Prevenção e sintomas das doenças renais foram temas de audiência nesta quarta

"Um em cada dez indivíduos tem um grau de doença renal, o que está ligado ao envelhecimento"

Imprensa SMetal
AI/CMS

Médico Jaelson Guilhem Gomes

Por iniciativa do vereador Izídio de Brito (PT), a Câmara de Sorocaba celebrou o Dia Mundial do Rim, comemorado este ano no dia 13 de março, com audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 12. O evento foi solicitado pelo Instituto de Hemodiálise de Sorocaba – IHS.

Izídio de Brito presidiu a audiência que contou com a presença do vereador Carlos Leite (PT), de Jaelson Guilhem
Gomes, do IHS, da diretora de área de Atenção à Saúde, Magda de Oliveira, representando a Secretaria de Saúde; Leomar Gregório, da Associação dos Pacientes, Doadores e Transplantados Renais de Sorocaba e
Região – Transdoreso; e da assistente social Maria Alice Holloender, do IHS.

Mundialmente, a segunda quinta-feira do mês de março é considerada o dia do rim, cuja campanha neste ano tem como tema “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”. “Um em cada dez indivíduos tem um grau de doença renal, o que está ligado ao envelhecimento. O dano renal poderia ser minorado com um diagnóstico precoce”, afirmou o médico.

Palestra: O médico Jaelson Guilhem Gomes falou sobre os sintomas, as doenças correlatas, os tratamentos e a importância da prevenção das doenças renais, destacando a importância da atividade física e ingestão de água, além do controle da pressão arterial. Em todo o Brasil 10 milhões de pacientes têm alguma disfunção renal. Em 2012, eram 100 mil pacientes em diálise, sendo que 30% tinham mais de 65 anos, com custo estimado para o SUS de R$ 2,2 bilhões ao ano.

Segundo o médico, um indivíduo de 30 anos em diálise (fase cinco da doença) tem a chance de morrer semelhante a um individuo de 80 anos sem a doença renal. Sobre a importância do diagnóstico precoce, o Dr. Jaelson falou sobre a importância do exame para a dosagem de creatinina que deve ser regular principalmente para o grupo de risco – hipertensos, diabéticos, hipertensos, idosos, em uso de antinflamatórios ou com histórico familiar – e também do exame de microalbuminúria para o diagnostico em diabéticos.

Questionamentos: Em Sorocaba são quatro centros de tratamento. Segundo a representante da Prefeitura, Magda de Oliveira, com a contratualização dos hospitais, espera-se ter um tratamento mais efetivo na cidade, além de intensificação de outras ações, como as campanhas. O município possui uma única nefrologista na Policlínica Municipal. Magda afirmou que o principal foco da Secretaria de Saúde é na atenção primária, para que a prevenção aconteça.

Em resposta ao vereador Izídio de Brito, Magda afirmou que, com certeza, os pacientes têm acesso aos exames e a rede está preparada para o atendimento e diagnóstico e que a hemodiálise é responsabilidade do Estado. O parlamentar também quis saber se há um trabalho preventivo dento do programa Saúde da Família. A diretora disse que as unidades básicas de saúde têm condições de fazer esse diagnóstico, mas que o programa está em processo em franca expansão o que vai facilitar com que as queixas dos pacientes sejam precocemente identificados.

Sobre o tratamento domiciliar Jaelson Guilhem Gomes explicou que depende de alguns fatores como higiene, disponibilidade do paciente e de parentes ou acompanhantes, o que acaba dificultando sua expansão. Com relação à fila de espera do transplante para pacientes em diálise, questionada por Izídio, o médico afirmou que a chance para ser chamado para o transplante é longa, chegando a 15 anos ou mais, mas o critério é diminuição do risco de rejeição sendo o tempo de espera, apenas critério de desempate.

Izídio de Brito encerrou a audiência destacando que uma das propostas é desenvolver um trabalho especifico para que Sorocaba seja referência em transplantes.

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