O desembargador comentou pretende estimular a visita de dirigentes sindicais à Escola Judicial do TRT, para conversar com os futuros magistrados
Membros da diretoria executiva do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região receberam, na manhã desta quarta-feira, dia 24, a visita do desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper, recém-eleito presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região para o biênio 2012-2014. A cerimônia de posse, em Campinas, acontece no dia 7 de dezembro.
Na ocasião, o assessor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos, Imar Eduardo Rodrigues, juntamente com a sua equipe de advogados, realizou uma apresentação sobre o processo eleitoral da entidade. O encontro também teve a presença do procurador do Ministério Público do Trabalho, João Batista Martins César, e do o deputado estadual Hamilton Pereira (PT).
Dispensando formalidades e em clima de descontração, o desembargador conversou com os sindicalistas por cerca de duas horas e afirmou que o poder Judiciário precisa quebrar resistências e se aproximar da realidade da população. “O juiz precisa estar perto das pessoas, dos trabalhadores e dos representantes dos trabalhadores que são os sindicatos. Ele tem que ter conhecer e ter sensibilidade dos problemas reais para poder julgar melhor o problema de seus semelhantes”, afirmou.
Avaliação positiva
Cooper avaliou a visita como sendo “muito positiva”. “Para mim, pessoalmente, e também para o próprio Tribunal, uma vez que eu pretendo que os sindicatos tenham diálogo com os novos juízes”.
O desembargador comentou que pretende estimular a visita de dirigentes sindicais à Escola Judicial do TRT, para conversar com os futuros magistrados. “Os juízes, hoje em dia, são bastante novos. Para alguns, esse é o praticamente o primeiro emprego, então eles precisam conhecer e conversar com pessoas com mais experiência”, acrescentou.
Sobre os desafios que enfrentará à frente do TRT nos próximos dois anos, Cooper destacou a necessidade de ampliação do tribunal que, apesar de atender a 95% do território de São Paulo, conta com apenas 2.700 servidores. “Juntando o Tribunal de Campinas e o de São Paulo nós temos mais da metade de todas as ações trabalhistas do Brasil. Então nós temos necessidade de ampliar o nosso tribunal, ter mais varas, mais servidores e mais qualidade na formação – tanto na dos juízes quanto na dos servidores”, finalizou.
