O empresário, tesoureiro da Associação Comercial e presidente do PHS (Partido Humanista da Solidariedade) de Sorocaba, Carlos Dias Chaves, está preso sob custódia da Polícia Federal, em São Paulo, desde 4 de agosto.
Ele foi pego na operação Paraíso Fiscal deflagrada pela PF, que identificou uma rede de corrupção articulada por 5 auditores fiscais da Receita Federal que trabalhavam na grande São Paulo.
Chaves é apontado pela PF como responsável pela lavagem do dinheiro sujo desviado pelo esquema.
O grupo é acusado de fraudar fiscalizações nas empresas. Ao menos 9 empresários, a maioria da grande São Paulo, serão investigados.
Durante as investigações, que duraram 8 meses, a PF estima que o bando tenha desviado mais de R$ 200 milhões. Somente durante a operação, a PF achou R$ 12,9 milhões em dinheiro vivo na casa dos acusados.
A ordem de prisão foi dada pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Federal Criminal em São Paulo.
Os acusados deverão responder por formação de quadrilha, sonegação fiscal, crime tributário e falsidade ideológica.
Sumido
Ninguém em Sorocaba fala abertamente da prisão de Chaves. Nilton da Silva Cesar, o Nilton 13, presidente da Associação Comercial de Sorocaba, diz que ele está sumido. “Me disseram que ele está viajando”. Questionado se sabia da prisão do tesoureiro ele respondeu: “Já ouvi esse um zum-zum, mas a informação oficial que tenho é que ele viajou”.
Chaves assumiu o PHS há um mês. Ele chegou ao comando do partido pelas mãos do pré-candidato a prefeito Renato Amary (PMDB), que visitou a imprensa na ocasião para apresentar o novo aliado.
A reportagem apurou, no entanto, que Chaves já foi tirado do comando do PHS. Em seu lugar assumiu Thais Romão. Ela também diz que não sabe do paradeiro do ex-colega de partido.
A reportagem não localizou os advogados de Chaves para comentar a prisão. Até o início da noite do dia 17, a reportagem não havia conseguido contato com os advogados de Chaves, para que comentassem a prisão.