O ecoponto do bairro Júlio de Mesquita Filho, na zona oeste de Sorocaba, amanheceu na manhã desta segunda-feira (12) lotado de lixo doméstico. Uma montanha de sacolas plásticas, embalagens, papéis e garrafas pet chamou a atenção de quem passava pela rua João Batista Machado. As quatro caçambas disponíveis estavam lotadas de entulho e o local mais parecia um lixão a céu aberto do que um ecoponto. Criadas para o morador jogar até um metro cúbico de entulho de obras, algumas unidades de ecoponto têm sido usadas para o descarte irregular de lixo doméstico, material reciclado, aparelhos eletrônicos, móveis, entre outros produtos.
Segundo a Prefeitura, os moradores não devem descartar resíduos volumosos nos ecopontos como sofás, armários, mesas, cadeiras, entre outros, mas os objetos devem ser colocados, preferencialmente, dentro das caçambas disponíveis nos locais, respeitando o limite de um metro cúbico, que equivale em média a cinco carrinhos de mão. A cidade chegou a ter 16 ecopontos em 2014, localizados em vários bairros, mas atualmente conta com apenas sete unidades, sendo dois na zona oeste e cinco na norte.
Aline Rosa Miguel dos Reis, 33 anos, faz parte da Cooperativa de Egressos e Familiares de Egressos de Sorocaba (Coopereso), que presta serviços para a Prefeitura e, durante o dia, de segunda a sábado, ela fica no ecoponto do Júlio de Mesquita Filho. Ela conta que as pessoas geralmente costumam jogar lixo doméstico e materiais de forma irregular no período da noite. “Como eu fico aqui durante o dia, só jogam coisas que não podem no ecoponto à noite e aos domingos.” Segundo ela, os moradores acabam descartando entulhos, móveis, eletroeletrônicos e lixo reciclado fora das caçambas, o que prejudica a manutenção e a limpeza do local. “Quando o caminhão da Prefeitura vem para recolher as caçambas de entulho, acaba tendo que pegar também tudo o que ficou espalhado pelo chão.”
Já nas zonas leste e sul de Sorocaba não há nenhum ecoponto. A zona leste chegou a ter uma unidade no Jardim Gutierrez, na rua Ramon Haro Martini, que funcionou até meados de 2014. O morador da região, José Benedito Alves, 66 anos, diz que o ecoponto faz falta. “Como não existe mais a unidade no bairro, a população está jogando entulho em um terreno atrás do zoológico.”
A Prefeitura informou que o ecoponto não é o local adequado para descarte de lixo doméstico, móveis, sofás e resíduos volumosos, que são de responsabilidade do gerador ou fabricante. “Eles devem contratar empresas especializadas no transporte desse tipo de resíduo para o aterro adequado.” O município pede que a população use as caçambas de forma correta e denuncie eventuais irregularidades. Já os resíduos originários dos ecopontos seguem para os aterros de Inertes e Sanitário.