Busca
Busca
Economia

Prefeitura propõe debate contra a crise econômica

Segundo o levantamento divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, o bom desempenho das vendas da Toyota e das fabricantes de equipamentos de energia eólica contribuíram para o resultado positivo

Jornal Cruzeiro do Sul
Foguinho/Imprensa SMetal
‘Em breve, técnicos da Sheffield estarão em Sorocaba para conhecer e abrir novas perspectivas para os negócios do setor’ Afirma Geraldo

‘Em breve, técnicos da Sheffield estarão em Sorocaba para conhecer e abrir novas perspectivas para os negócios do setor’ Afirma Geraldo

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Sorocaba quer trabalhar em parceria com os setores organizados (indústria, comércio, representações de trabalhadores, etc.) uma agenda local voltada a discutir e buscar alternativas práticas de combate aos efeitos da crise. Foi o que informou ontem o titular da Pasta, Geraldo César Almeida. Índices negativos da balança comercial do município, queda de geração de emprego, alta do dólar e instabilidade na economia argentina, são alguns dos indicadores que motivaram a iniciativa.

Números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio revelam que no mês passado o saldo da balança comercial do município ficou negativo em cerca de US$ 10 milhões. As exportações somaram US$ 85 milhões, quase que o mesmo total registrado em dezembro (US$ 84 milhões), mas também ficaram muito abaixo do desempenho de janeiro de 2014, quando os números alcançaram à marca de R$ 94,4 milhões (queda de quase 10%, portanto).

A Secretaria tem debatido o assunto com lideranças empresarias e quer, agora, ampliar esse canal de interlocução. Mais do que isso, segundo Geraldo Almeida, a ideia é apontar, dentro do que compete ao governo municipal, alternativas de enfrentamento do problema. “Vamos atrás de ações que possam efetivamente ajudar a diminuir as consequências do atual momento da economia.”

Ainda segundo o secretário, mesmo com a diversidade de seu parque industrial, Sorocaba enfrenta dificuldades. Em alguns segmentos mais afetados, como o de autopeças, foram fechados aproximadamente 240 postos de trabalho. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) a indústria efetuou 1,9 mil contratações e 2,1 mil demissões. O recuo de 0,34% foi considerado o maior para o mês desde maio de 2009, período da chamada crise mundial.

Também economista, Geraldo Almeida atribui o quadro a fatores como a alta do dólar e à instabilidade na Argentina, país para o qual o volume de exportações da cidade, conforme o Ministério do Desenvolvimento, também diminuiu. Comparativamente a 2014, as operações caíram de US$ 35 milhões para US$ 28 milhões. “O Brasil priorizou a Argentina como parceira e tem de administrar, agora, o impacto do que acontece por lá. São consequências que precisarão ser trabalhadas”, comentou o secretário.

Energia eólica

Ainda segundo o levantamento divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, o bom desempenho das vendas da montadora Toyota e das fabricantes de equipamentos de energia eólica contribuíram para que o resultado não fosse pior. Em relação a este último segmento, Geraldo Almeida lembra que Sorocaba tem se firmado como polo e se sobressaído no mercado externo.

No mês passado, o secretário visitou a Universidade de Sheffield, na Inglaterra. A instituição desenvolve pesquisas no campo das fontes alternativas de energia e manifestou interesse de conhecer as empresas aqui estabelecidas. Mais do que isso, existe a possibilidade de ser firmado protocolo para que a Universidade se instale no Parque Tecnológico e ali execute ações que ajudem a fortalecer a cadeia produtiva.

Os entendimentos com esse objetivo estão em estágio avançado. “Em breve, técnicos da Sheffield estarão em Sorocaba para conhecer e abrir novas perspectivas para os negócios do setor. Vamos trabalhar isso e outras frentes para que a cidade continue se expandindo e consiga evitar os desdobramentos dessa crise, como a redução do nível de emprego”, concluiu Geraldo Almeida.

tags
Caged Economia energia eólica geraldo almeida Ministério do Desenvolvimento parque tecnológico Sheffield toyota
VEJA
TAMBÉM