‘Como eu já havia dito ao jornal, estamos trabalhando em busca da verdade’ Diz Mara
Para facilitar as investigações das denúncias de supostas irregularidades praticadas por servidores da Secretaria de Planejamento, a prefeita de Araçoiaba da Serra, Mara Melo (PT), exonerou ontem o chefe do Setor de Fiscalização do Município Deusvander Leugo Pires; os fiscais Allas Wagner Ribeiro, Rogerio Bercial e a secretária de Governo Tania Medeiros.
Esta última deixou o cargo por ser esposa de Antonio Carlos Medeiros, que também chefiou o departamento de fiscalização. Mara disse ao Cruzeiro do Sul que tomou a medida para colaborar com a apuração dos fatos. A prefeita deverá encaminhar à delegacia de polícia local e ao Ministério Público informações que ajudarão a condução do trabalho. Um inquérito deverá ser aberto.
“Nossa intenção é garantir total transparência e obter a verdade o quanto antes para que os responsáveis, se for este o caso, sejam punidos exemplarmente”, destacou. No caso de Tânia, a prefeita disse não ter sido qualquer indício de envolvimento com as ações atribuídas aos outros funcionários.
“Mesmo assim, até para demonstrar isenção e reafirmar nosso compromisso ético, entendemos ser melhor essa alternativa”, explicou. Conforme noticiado na quarta-feira, existiria dentro da Secretaria de Planejamento do município o que os denunciantes chamaram de “quadrilha” que, dispondo de informações privilegiadas, falsificariam documentos para a venda de terrenos.
Os fatos foram relatados pelo fiscal de obras Allas Wagner Ribeiro e apresentados na sessão de segunda-feira da Câmara de Vereadores. De acordo com Ribeiro os servidores descobriam lotes vazios e abandonados para, posteriormente, vendê-los. O agora ex-fiscal contou que uma briga entre os envolvidos teria motivado a apresentação de várias conversas mantidas no aplicativo WhatsApp.
Em busca da verdade
Mara Melo reiterou que tomou conhecimento da denúncia e imediatamente pediu para que o setor investigasse. “Como eu já havia dito ao jornal, estamos trabalhando em busca da verdade. Devemos entregar o resultado do levantamento à Polícia e ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)”.
Ela também lembrou que havia dito que afastaria os implicados se as informações a que teve acesso apresentassem fundamento. “Eu tomei a decisão de forma tranquila para apurar os fatos e comprovar que nosso governo não compactua com práticas ilegais. Por mais que uns poucos queiram insistir em sentido contrário, vamos chegar à verdade”.
