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Prefeitura de Sorocaba nega ter aplicado doses vencidas da AstraZeneca

Em nota, Prefeitura alegou que houve erro na digitação da data de aplicação da vacina; já o governo estadual informou que 4.772 pessoas de 315 municípios podem ter recebido a dose vencida

com Informações da Redação CUT
Governo do Estado de São Paulo
26 mil podem ter recebido doses vencidas

26 mil podem ter recebido doses vencidas

A Prefeitura de Sorocaba negou que tenha aplicado doses vencidas da vacina AstraZeneca. De acordo com nota publicada no Facebook, a cidade não recebeu nenhum lote vencido e alegou que houve erro na hora de digitação da data de aplicação no sistema VaciVida, do Governo do Estado de São Paulo.

Reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta sexta-feira, 2, apontou que ao menos 26 mil doses vendidas da vacina poderiam ter sido aplicadas, sendo 66 em Sorocaba.

Já Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo disse, em nota, que pode ter aplicado a vacina vencida em 4.772 pessoas de 315 municípios – o número é maior do que o levantado pela Folha.

“A pasta está informando as prefeituras, que são as responsáveis pela aplicação das vacinas, para realizar busca ativa desta população. Cada prefeitura pode consultar os dados da sua cidade no VaciVida [plataforma paulista] e identificar o munícipe que eventualmente tenha recebido uma vacina vencida. Caso seja uma situação de erro de digitação do lote ou de data de aplicação, os municípios também podem realizar a correção na plataforma.”

As datas no padrão americano são comuns em sistemas desse tipo e são devidamente convertidas nas análises, diz à Folha, que identificou pelo menos 26 mil doses vencidas de oito lotes da vacina AstraZeneca aplicadas em diversos postos de saúde do país até 19 de junho. Os dados constam de registros oficiais do Ministério da Saúde. Os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros.

O jornal explica que os dados levantados são oficiais e públicos do DataSUS, sistema criado na década de 1990 pelo Ministério da Saúde justamente para acompanhar campanhas vacinais como da Covid-19 e para orientar políticas públicas.

Todas os imunizados no país são registrados no DataSUS com código individual (uma espécie de máscara do CPF), sexo, idade, data de vacinação, dose do imunizante recebido, lote, fabricante e outras informações, diz a reportagem que prossegue na explicação.

Esse registro é responsabilidade dos municípios. O Plano de Operacionalização da Vacina contra Covid-19 define que salas de vacina sem conectividade com a internet devem fazer registros offline e, depois, seus registros para o servidor assim que a conexão com a internet estiver disponível, no prazo máximo de 48 horas.

Já a data de validade dos lotes das vacinas registrados no DataSUS foi levantada pela Folha nas notas fiscais de cada lote de vacina distribuída no país pelo Sage (Sala de Apoio à Gestão Estratégica).

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