Depois de cinco protestos realizados desde o último dia 6, o Movimento Passe Livre (MPL) aceitou reunir-se com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), nesta terça-
feira, dia 18. Líderes do movimento participaram da reunião do Conselho da Cidade, composto por representantes do poder público e segmentos sociais.
Ao final do encontro, os membros do conselho defenderam a revogação do aumento da tarifa em São Paulo, que subiu de R$ 3 para R$ 3,20 este mês.
Haddad admitiu a possibilidade de revogar o aumento, mas disse que precisa encontrar um meio de repor o R$ 1,4 bilhão que a medida custaria aos cofres públicos do município este ano.
O prefeito deve voltar a se reunir ainda esta semana com o MPL e o Conselho, que é formado por representantes de movimentos sociais, entidades de classe, empresários, cientistas, artistas e lideranças religiosas. Vagner Freitas, presidente da CUT, foi um dos membros que defendeu a revogação. Apesar da negociação, o MPL afirmou que os protestos vão continuar.
População nas ruas
Além de São Paulo, na segunda-feira houve protestos no Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, que levaram, ao todo, cerca de 270 mil pessoas às ruas. Os protestos continuaram na noite desta terça-feira.
Em nota, a CUT e outras quatro centrais sindicais consideram que as manifestações são legítimas. “É fundamental que manifestações pacíficas avancem para a abertura de negociações com os governos dos Estados e municípios sobre o valor das tarifas e as condições oferecidas aos usuários do transporte público”.
Em Sorocaba
Em Sorocaba, o movimento Contra Catraca marcou um novo ato público sobre transporte coletivo para esta quinta-feira, dia 20, às 17 horas, no Largo do Canhão, no Centro. A tarifa na cidade subiu de R$ 2,95 para R$ 3,15 este mês.