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Investigação

Prefeito de Indaiatuba foi preso nesta quinta-feira

Chefe do Executivo afastado é levado da casa dele para Campinas na tarde desta quinta-feira

Tribuna de Indaiá
Arquivo Tribuna

Reinaldo Nogueira foi levado agora à tarde de sua casa

O prefeito licenciado Reinaldo Nogueira (PMDB) foi preso na tarde desta quinta-feira, dia 22, acusado de participação em esquema de desapropriações de terrenos em Indaiatuba.

Reinaldo foi levado de sua casa no município de Indaiatuba para o 1º Delegacia Seccional de Campinas para depor. Ele já havia entrado com pedido de afastamento da prefeitura, por 45 dias.

O pai dele, Leonício Lopes Cruz, foi preso ontem, com mais quatro pessoas, durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP), com apoio do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep),do Gaeco, na quarta-feira.

Começo da investigação

Tudo teve início a partir de um inquérito a fim de apurar a desapropriação de um terreno no Distrito Industrial de Indaiatuba. O tal imóvel em questão, foi adquirido no ao de 2004 pelo valor de R$450 mil e em fevereiro de 2014, Nogueira realizou a desapropriação desse mesmo imóvel pelo valor de R$10 milhões.

Durante entrevista exclusiva realizada à Tribuna em outubro de 2015, Reinaldo Nogueira falou sobre a polêmica da desapropriação de terreno no Distrito Industrial Joia, que será utilizado para a implantação do Distrito de Micro e Pequenas Empresas (DIMPE II), e sobre o trauma enfrentado por sua família na abordagem da Polícia Militar.

“A Prefeitura não tem parceria com ninguém da iniciativa privada e nunca comprou nada das empresas citadas”, afirma Reinaldo, rejeitando qualquer envolvimento com a Jacitara ou a JRS Empreendimentos e Participações Ltda. “Desapropriações acontecem de acordo com a necessidade do município. Eu tenho uma verba, que é da Secretaria de Desenvolvimento, e só pode ser gasta com desapropriação de terreno industrial para fazermos pequenos loteamentos para servir o pequeno e médio empresário da cidade”.

Relembre: Dinheiro encontrado seria de negócios particulares

Confirmado no 1º Distrito Policial de Campinas, para onde foram levados todos os materiais apreendidos na operação. O total encontrado na casa do prefeito foi de pouco mais de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,5 milhão em dinheiro, mais 150 mil dólares (cerca de R$ 560 mil) e 2,7 mil euros (cerca de R$ 11.470). Outros R$ 400 mil foram retirados de seu gabinete na Prefeitura.

O montante, de acordo com Nogueira, é originário de negócios imobiliários. “Tinha uma previsão de pagamento nos próximos 15 dias”, revela. “Se essa fiscalização na minha casa fosse feita daqui a 15 dias, já não ia encontrar este recurso, que é, em parte do meu pai, que foi assaltado e resolveu mudar de casa. Naquela transição, ele pediu para eu guardar e estava lá. Nem sei quanto é”, afirma.

Já o dinheiro encontrado na Prefeitura é proveniente da venda de quatro lotes. “Que só vendi para fazer um pagamento na segunda-feira, dia 5, para uma empresa que está construindo um barracão para mim, e, durante a semana – por telefone, inclusive -, o proprietário perguntou se eu poderia pagar em dinheiro, porque ele o usaria para a folha de pagamento até o quinto dia útil”, explica. “Para a pessoa que ia me pagar, pedi que o fizesse em dinheiro. Ele disse que não tinha tudo, mas que durante a semana iria levando, então veio aqui (no Gabinete) três vezes na semana, deixou o dinheiro comigo e eu deixei aqui para fazer o pagamento na segunda de manhã”, recorda.

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