A partir da meia noite desta sexta-feira, dia 19, o preço dos combustíveis nas refinarias sofrerá novo aumento: de 10,2% no litro da gasolina e 15,2% do diesel. O anúncio foi feito pela Petrobras na manhã de quinta-feira, 18.
Segundo a companhia, os reajustes fazem parte do alinhamento de preços com o mercado internacional e com a oscilação do dólar. Com o novo aumento nas refinarias, o valor médio do litro da gasolina passa a ser de R$ 2,48 e o diesel vai para R$ 2,58.
É a quarta alta do ano nos preços da gasolina e a terceira no valor do litro do diesel. No acumulado, somente em 2021, o crescimento foi de 34,78% e 27,72%, respectivamente.
Para Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), a falta de uma política nacional que pense a Petrobras como uma empresa para atender aos brasileiros e não aos acionistas faz com que os aumentos aconteçam de forma sucessiva por causa dos preços internacionais.
“Mas infelizmente, as prioridade do governo Bolsonaro hoje são liberar armas para a população e incentivar o uso de medicamentos sem eficácia alguma para Covid-19. Enquanto isso, os brasileiros ficam à própria sorte sofrendo aumentos que não condizem com a situação atual da população, de crise econômica e sanitária”, critica.
De acordo com o economista da subseção do Dieese dos Metalúrgicos de Sorocaba, Fernando Lima, o aumento dos combustíveis nas refinarias pode impactar outros setores. “Se nada for feito, evidentemente teremos o repasse desse aumento justamente para os trabalhadores, seja na bomba dos combustíveis ou até mesmo em mais aumentos nos preços dos alimentos e em serviços”, enfatiza.