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Economia

Preço da cesta básica cai pela 4ª vez em Sorocaba

A Canadian Solar, empresa que está entre as maiores no ramo de produção de energia solar, inaugurou sua primeira planta na América Latina, instalada em Sorocaba, nesta quinta-feira, dia 8

Jornal Cruzeiro do Sul / Larissa Pessoa
ERICK PINHEIRO

A maior queda em novembro, de 14%, foi da batata

O preço da cesta básica sorocabana teve a quarta queda consecutiva neste ano, passando de R$ 606,16 em outubro para R$ 603,88 em novembro, uma redução de 0,38%. Os dados são da pesquisa realizada pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas (LCSA) da Universidade de Sorocaba (Uniso). Quando comparado com novembro do ano passado, a cesta teve um aumento de 12,39%, ou seja, R$ 66,56 a mais. Ao longo deste ano, o aumento foi de 8,23% no preço dos 34 itens, valor bem inferior ao acumulado no mesmo período de 2015, quando foi registrado aumento de 10,1%. É superior, porém, à inflação acumulada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que foi de 6,39%.

Os grupos de itens tiveram as seguintes variações entre outubro e novembro: alimentação (-0,59%); limpeza (1,34%) e higiene pessoal (0,51%). Os produtos que tiveram as maiores altas foram a cebola, o biscoito água e sal, o óleo de soja, a linguiça fresca e o sabão em barra. Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores quedas foram a batata, o feijão, a muçarela fatiada, o alho e o leite longa vida.

Dos 34 itens pesquisados, a batata foi o que mais apresentou queda em novembro, com redução de 14,16%, de R$ 2,97 o quilo em novembro para R$ 3,46 em outubro. “Tal redução mantém a trajetória de queda que vem ocorrendo desde junho, quando o preço da batata atingiu o seu maior valor no ano, custando R$ 5,89”, avalia Lincoln Diogo Lima, economista e coordenador da pesquisa.

Feijão

Outro item que também apresentou forte queda foi o feijão, pois em outubro o preço médio da embalagem de 1 quilo era R$ 9,35, passando para R$ 8,04 em novembro. Esse também é o quarto mês consecutivo de queda para o feijão. Em um supermercado da cidade, a melhor oferta do feijão foi de R$ 4,89. Mas no ano o preço médio do feijão acumula alta de 63%.

Segundo Lima, depois de bater recordes históricos de preço em julho, quando o feijão chegou a custa em média R$ 11,74, muitos produtores investiram na ampliação da safra. “Isso, aliado ao clima favorável, aumentou a oferta do grão, de modo que permitiu que o seu preço começasse a convergir para a sua média histórica” diz. O alho também está entre os produtos que tiveram queda em novembro (-7,27%). O preço médio em outubro era de R$ 4,54 o quilo, já no mês passado ficou em R$ 4,21.

Comercializada pelo valor médio de R$ 29,31 o quilo em outubro, o preço da muçarela também teve queda e passou para R$ 26,82 em novembro. Essa diminuição é por ser derivada do leite, que por sua vez teve queda de 5,5%.

Por outro lado, a cebola foi o produto que mais apresentou alta no mês passado, com aumento de 18%, subindo de R$ 1,50 o quilo em outubro para R$ 1,77 no mês seguinte. “Tal aumento já era esperado em razão do período de entressafra”, diz economista. Além disso, afirma, houve quebra de safra em Santa Catarina e redução das importações.

Apesar da forte alta, o preço da cebola em novembro está bem abaixo do registrado em janeiro, quando custava R$ 4,54. O óleo de soja também apresentou alta, cotado a R$ 3,28 o litro ante R$ 3,13 o litro em outubro.

Consumidores veem preços menores

Pesquisar continua indispensável para economizar e quem costuma ir ao supermercado está notando preços menores. Consumidores ouvidos pela reportagem afirmam que, embora a redução venha aos poucos, já é possível sentir no bolso a diferença. A aposentada Vilma Maria Bueno considera que alguns itens continuam com preço salgado, como óleo e os frios em geral, mas já é possível fazer uma compra mais farta. “No meio do ano tudo estava caro demais e agora a gente já percebe que algumas coisas, como o feijão, já estão mais acessíveis”, afirma.

Produtos de higiene e hortifrútis foram os que mais tiveram queda, diz a dona de casa Gisele Bastos. Ela reclama, porém, do valor cobrado da laranja e afirma que a fruta praticamente dobrou de preço. A banana também tem sido vilã. “Agora a banana nanica está muito cara, mas a prata baixou, então vou levar a que está mais barata.” Com uma família de quatro pessoas, Gisele conta que aproveita as promoções e sempre pesquisa em mais de um lugar.

O que mais pesa no orçamento da pensionista Eleonor Florentina Cirino Duran é a carne. Os produtos de limpeza, afirma, embora sejam caros, rendem bastante. “Comprar as embalagens maiores vale a pena porque duram por bastante tempo, mas o que a gente compra sempre, como a carne, dói mais no bolso.” Ela também notou queda no preço das verduras e legumes.

Embora o valor da cesta básica tenha caído, Francisco Barbosa afirma que tudo ainda está muito caro. “Eu não venho muito ao supermercado, é mais a minha esposa que faz as compras, mas sempre me assusto com os preços.” O tecnólogo em automação afirma que o feijão e o leite pesam no valor da compra.

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