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Negociações

PPR 2023 e acordo de turnos são aprovados pelos trabalhadores da ZF

Valorização do PPR pode chegar até 13% quando comparado ao negociado e pago em 2022; metalúrgicos foram unanimes na aprovação das duas propostas colocadas em assembleia nesta terça

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal

Assembleia aconteceu na tarde desta terça-feira, 13, e contemplou trabalhadores das duas plantas | Foto: Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal

Na tarde desta terça-feira, 13, os trabalhadores da ZF do Brasil, Plantas 1 e 2, aprovaram propostas do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2023 e acordo de turnos, ambas negociadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e aprovadas por unanimidade em assembleia.

Segundo informações do Comitê Sindical de Empresa (CSE) da ZF, o crescimento do PPR pode chegar até 13% quando comparado ao valor que foi acordado e pago em 2022. A primeira parcela, que será paga ainda este mês, equivale a mais da metade do valor cheio do benefício, já a segunda – que estará na conta dos metalúrgicos até 19 de janeiro de 2024 – está atrelada a metas e indicadores negociados na mesa.

Membros do Comitê Sindical de Empresa (CSE) das Plantas 1 e 2 e o funcionário de apoio do SMetal, Luiz Stopa | Foto: Caroline Queiróz Tomaz

Estiveram presentes na assembleia o presidente do SMetal, Leandro Soares, e o CSE que é formado por: Daniel Firmino Viana, Edgard Cirilo dos Santos e Roberto Carlos Reis (Robertinho), na Planta 1; Anderson da Silva (Copinho) e Fábio Rossy, na Planta 2.

“Para nós é uma conquista muito importante já que o PPR é um recurso que não beneficia apenas os trabalhadores. É com esse dinheiro que ele irá pagar uma dívida, comprar um bem de consumo, ir viajar com a família e, até mesmo, investir. Ou seja, existe impacto em toda cadeia econômica sorocabana”, comenta Fábio Rossy, coordenador do CSE na Planta 2.

Além da pauta econômica, os dirigentes também colocaram para apreciação uma proposta de acordo de turnos para quem faz as escalas 2×2 e 6×2.

Leandro Soares aproveitou o momento da assembleia para falar sobre a importância da atuação sindical na proteção de direitos e benefícios dos trabalhadores. Ele recordou sobre o trágico acidente que vitimou o metalúrgico W.S., de 23 anos, que era ajudante de produção na empresa Vicfer.

Na assembleia, Soares mencionou a tentativa da empresa de atribuir a culpa do fato no trabalhador acidentado. Há quase 20 anos no ramo da metalurgia, o presidente do SMetal recorda que investimentos em maquinário, treinamentos e condições seguras de trabalho são de responsabilidade da empresa.

Para o líder metalúrgico, a pauta econômica não deve sobrepor direitos básicos. “Na pandemia discutimos acordos e melhorias para preservar renda, emprego e vida. Quando nos deparamos com a banalização dos acidentes de trabalho, é de entristecer. Não é aceitável que os companheiros percam a vida na tentativa de garantir o sustento de suas casas”, comentou Leandro durante a assembleia.

Outro tópico mencionado foi a importância da Norma Regulamentadora 12 (NR12), que prevê proteção para resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece, ainda, requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho.

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