Passamos, recentemente, por um golpe midiático-jurídico que afastou do Governo Federal a presidente eleita Dilma Rousseff. Para isso, foi preciso muito apoio das indústrias por meio de sua Federação (Fiesp) e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
Então, subiu ao poder Michel Temer (PMDB), do mesmo partido de Paulo Skaf, da Fiesp, e já anunciou o pacote de maldades aos menos favorecidos – que são os trabalhadores, sem dúvida.
A Reforma da Previdência será enviada ao Congresso, assim como a Reforma Trabalhista. Ambas, são prejudiciais para a sociedade ao impor duras restrições aos assalariados. Quem tem menos de 50 anos demorará muito mais tempo para se aposentar. As regras da pensão por morte para todos os segurados (do INSS e servidores públicos) terá queda de 60%.
Os trabalhadores que foram acometidos por doença ocupacional ou acidente de trabalho poderão ser convocados para novas perícias, sendo que os peritos ganharão de Temer um bônus para reaver os casos. A intenção declarada é cortar benefícios.
De que lado mesmo a corda se rompe? Do lado mais fraco. Quem são os mais fracos nessa luta de classes? Diante de uma ditadura de uma minoria no comando do país, os fracos são o povo.
Por isso, é preciso compreender a extensão desse golpe e evitar que esses planos atemorizantes assolem a realidade das famílias brasileiras. Os movimentos sindicais, sociais, estudantis e a sociedade organizada, de forma geral, precisam levantar suas bandeiras para a manutenção dos direitos e para assegurar avanço nas leis e não o retrocesso.
Este é um ano de campanha política. É um ano bom para exercitar o discernimento sobre os papéis de cada político e a ficha de cada um. De que lado está tal e tal candidato (a)? para quem ele governará? Para 1% da elite ou para a massa de trabalhadores que sustentam este País?
As convenções dos partidos começaram dia 20 e se encerram dia 5 de agosto. A campanha eleitoral, que começa oficialmente em 16 de agosto, será mais curta. A veiculação de propaganda em rádio e TV, por exemplo, tem início próximo dia 26 e terminam dia 29 de setembro, para culminar na eleição do primeiro turno no dia 2 de outubro.
Num sistema democrático o voto impera na decisão da escolha do político. Mas no Brasil, cuja cultura política tem fortes ranços conservadores e desmandos por partes oligárquicas, é preciso ir além do voto: exigir o respeito às leis, à Constituição. É preciso andar sempre informado e consciente de que sem luta não há direitos!
Vamos em frente com as mobilizações, com a união da nossa classe para que sejamos respeitados e tenhamos uma sociedade mais digna. O mundo do trabalho não está alienado da política. Tudo se mistura e o nosso papel, como cidadãos, é de fazer valer a nossa voz, nossas decisões. Somos melhores quando sabemos o queremos e não deixamos cair nossas bandeiras.