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Abuso de Poder

PM manda forte aparato à porta da fábrica YKK e prende sindicalista

Izídio vai registrar boletim de ocorrência e levar o caso à Câmara e ao comando da PM de Sorocaba

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
O dirigente sindical Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, é colocado em viatura da Polícia Militar e levado preso; abuso aconteceu em Sorocaba

O dirigente sindical Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, é colocado em viatura da Polícia Militar e levado preso; abuso aconteceu em Sorocaba

Soldados da Polícia Militar de Sorocaba algemaram e prenderam na manhã desta sexta-feira (21) o dirigente sindical Valdeci Henrique da Silva, o Verdinho, durante uma assembleia de trabalhadores realizada na portaria da metalúrgica YKK, na zona industrial de Sorocaba.

A prisão ocorreu depois que Verdinho revidou uma ofensa disparada pelo 1º sargento Marcheto, da Companhia da Força Tática do 7º Batalhão da PM de Sorocaba, contra seu colega de sindicato e vereador pelo PT de Sorocaba, Izídio de Brito.

Ao ouvir uma queixa do vereador sobre o número excessivo de viaturas na portaria da fábrica, Marcheto chamou o parlamentar de safado e de filho da p. “Ao ouvir a ofensa contra o Izídio eu revidei, disse que o safado era ele”, explica Verdinho.

Ao ouvir o revide do sindicalista, Marcheto e vários outros soldados partiram para cima, provocando tumulto e algemando e prendendo Verdinho, que foi levado à delegacia de Polícia Civil. Após prestar esclarecimentos e assinar um termo circunstanciado, o sindicalista foi liberado.

Izídio vai registrar boletim de ocorrência e levar o caso ao conhecimento da Câmara Municipal do comandante da Polícia Militar em Sorocaba. “Percebe-se que os soldados estão sendo mal utilizados. Ao invés de estarem nos bairros para dar proteção à população, eles estão se concentrado nas portas das fábricas. Além disso, têm muitos deles [soldados] despreparados”, diz o parlamentar.

Má intenção
A PM mandou nada mais, nada menos, que sete viaturas para a portaria da YKK, totalizando pelo menos 16 policiais. “Pelo grande número que tem comparecido às assembleias e pela forma como eles [soldados] têm se comportado, fica claro que eles querem mesmo é causar tumulto. Além do mais, não é a PM que vai resolver o conflito entre capital e trabalho. Quem tem que resolver isso são os trabalhadores e os empresários”, acrescenta Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

O excesso de viaturas e a opressão dos policiais militares de Sorocaba sobre os sindicalistas tem sido uma constante. Na manhã do dia 14 de setembro, por exemplo, os funcionários da Metalac e os sindicalistas que promoviam uma assembleia de rotina na portaria da fábrica foram surpreendidos com 12 viaturas; oito motos e quatro carros.

No dia 17 de março o palco da opressão foi a portaria da Tera Metais, também em Sorocaba. Ao menos onze policiais militares armados com escopetas, bomba de efeito moral e gás de pimenta pressionaram um grupo de sindicalistas que liderava uma paralisação na fábrica.

Contra imprensa
Os Pms também tem se mostrados truculentos conta o trabalho da imprensa ou contra quem tenta registrar seus abusos. No tumulto na YKK, por exemplo, o fotógrafo José Gonçalves Filho, o Foguinho, foi pressionado para parar de fotografar.

O motorista Luiz Gomes de Oliveira, que gravou em vídeo da prisão de Verdinho, também foi ameaçado, quando um policial tentou lhe derrubar com uma rasteira e lhe tomar o celular com o qual ele fazia a gravação.

Paralisação
Sem acordo, os trabalhadores da YKK continuam parados. A greve começou na manhã de ontem [quinta, dia 20], quando os trabalhadores decidiram não aceitar a proposta de reajuste salarial de 10% oferecido pela empresa.

Neste dia, 17 de março deste ano, dez pms acuam o sindicalista Valdeci na Tera Metais

Em 14 de setembro a PM faz frente da Metalac paracer o estacionamento do quartel

6 viaturas e14 pms são deslocados à Tera Metais para pressionar sindicalistas

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