Dirigentes de 14 sindicatos que compõem a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, inclusive do SMetal, participaram da Plenária realizada no último sábado, dia 29, que discutiu os principais pontos da pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2021.
Com a aprovação na plenária, nas próximas semanas, os sindicatos devem levar o que foi debatido para apreciação dos trabalhadores das suas bases. A entrega da pauta aos representantes patronais está prevista para o dia 29 de junho.
O tema sugerido para este ano é: “Campanha Salarial 2021 é + salário, + vacina, + emprego, + direitos, + unidade”. Os eixos são: preservação da saúde e da vida; garantia de emprego; aumento salarial que restabeleça o poder aquisitivo do trabalhador; valorização das normas coletivas de trabalho; política industrial com nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos.
O presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, ressalta que, nesta campanha, os Metalúrgicos têm como objetivo cobrar os direitos retirados dos trabalhadores desde o golpe em 2016 e da implantação da reforma trabalhista. “Enquanto estamos sofrendo com os ataques e a pandemia o lado empresarial, com parte do Congresso e governo federal, continuam tentando tirar nossos direitos. Nesta Campanha Salarial é necessário que a gente aumente o tom”, afirma.
Segundo o secretário de finanças da FEM/CUT e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Adilson Faustino (Carpinha), outra finalidade da Campanha deste ano é recuperar o poder de compra da categoria. “Os preços altíssimos do combustível, da alimentação, do gás de cozinha, entre outros itens do dia a dia, têm impactado fortemente na vida do trabalhador. Precisamos garantir um reajuste salarial condizente com essa realidade”, assegura.
Faltando apenas os índices de quatro meses para chegarmos ao total de perdas da categoria desde a última data-base – dia 1º de setembro de 2020 – a inflação está acumulada em 6,68%. No mesmo período do ano passado, o total acumulado estava em 2,07%.
Contudo, Leandro Soares, presidente do SMetal, acredita que a Campanha Salarial de 2021 será uma das mais desafiadoras. “Estamos há mais de um ano vivendo uma crise econômica, social e sanitária devastadora e, com certeza, mesmo com vários setores da indústria com produção em alta, os patrões vão se utilizar da pandemia para apresentar um reajuste abaixo do que é justo aos metalúrgicos. Por isso, a unidade da categoria será imprescindível para garantir avanços”.
A Campanha Salarial da FEM/CUT abrange cerca de 162 mil trabalhadores metalúrgicos do Estado de São Paulo, inclusive os trabalhadores da categoria em Sorocaba e região.