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Economia

Petrobras reajusta gasolina mais uma vez e alta acumulada só este ano é de 73,4%

A partir de hoje, dia 26, a gasolina nas refinarias vai subir 7,04% e o preço médio do litro do combustível passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 nas distribuidoras. Diesel vai subir 9,15% - alta de 65,3% no ano

Redação Portal CUT
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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. A partir desta terça-feira (26), a gasolina subirá 7,04% – alta acumulada de 73,4% este ano -, e o do diesel será reajustado em 9,15%, alta acumulada de 65,3% em 2021.

Com o novo reajuste da gasolina, anunciado 16 dias após a última alta de 7,2%, o preço médio do litro da gasolina nas distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19. Já o litro do óleo diesel, reajustado pela última vez em 29 de setembro, passará de R$ 3,06 para R$ 3,34.

A estatal explicou que os aumentos refletem a elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio. Esses índices compõem a Política de Preço de Paridade Internacional (PPI), adotada pela Petrobras em 2016, no governo do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que completa cinco anos este mês.

Desde que a PPI foi adotada, toda vez que os preços do barril de petróleo e do dólar sobem, a estatal reajusta os preços dos combustíveis no Brasil, inclusive do gás de cozinha, que também subiu 7,2% este mês elevando o preço do botijão de 13 quilos para até R$ 135.

Todos os brasileiros sofrem com mais este reajuste nos preços dos combustíveis, que contribuem ainda para a disparada da inflação, que passou de dois dígitos em setembro, mas os acionistas comemoram os dividendo que vão embolsar.

Antes do reajuste de hoje, os caminhoneiros já haviam prometido entrar em greve a partir de 1º de novembro se, entre outras coisas, o governo não mudasse a política de preços. O novo aumento deve fortalecer a mobilização.

Na semana passada, os caminhoneiros detonaram a bolsa diesel de R$ 400 reais anunciada por Bolsonaro como forma de compensar o aumento do diesel cujos preços subiram 37,5% até agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do diesel nos postos brasileiros chegou na semana passada a R$ 4,983 por litro – o menor preço foi encontrado no Rio Grande do Sul, R$ 4,823; e o maior no Acre, R$ 6,208.

Para encher um tanque de 400 litros, pagará hoje, em média, R$ 1.929,20 no Rio Grande do Sul e R$ 2.483,20, no Acre.

O preço médio da gasolina no país chegou a R$ 6,361 por litro, mas em pelo menos em oito estados, o combustível já é vendido por mais de R$ 7 por litro.

Em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ignorando que é preciso mudar a PPI da Petrobras para reduzir os preços, trabalhou para aprovar apressadamente uma lei que muda a cobrança do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMS) dos combustíveis, segundo ele e seu aliado Bolsonaro, o imposto estadual seria o responsável pelos preços altos. A proposta está no Senado. Só que o imposto não sobe na maioria dos estados há muitos anos.

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