A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) fechou o mês de agosto em 0,31%. Com isso, as perdas salariais dos metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo (FEM-CUT/SP) foram calculadas em 9,62% nos últimos 12 meses.
A categoria está em Campanha Salarial e a data-base é 1º de setembro. Uma das principais reivindicações dos metalúrgicos da FEM é a reposição integral da inflação, mais aumento real.
Outros eixos da campanha são: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas. O tema deste ano é “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, com o total das perdas com a inflação divulgado, as negociações com os grupos patronais dever ser intensificada.
“A FEM tem realizado rodadas de debates sobre as cláusulas econômicas e sociais com representantes dos patrões. Com a divulgação da inflação total dos últimos 12 meses, a Federação passa a ter um base concreta para negociar a reposição das perdas e aumento real, além das outras reivindicações”, afirma.
O INPC/IBGE referente a agosto foi divulgado na manhã desta sexta-feira, dia 9, e o cálculo da inflação acumulada foi realizado pelo Dieese/Subseção Metalúrgicos Sorocaba.
Negociação
A FEM representa 13 sindicatos metalúrgicos do Estado, entre ele o SMetal Sorocaba, e negocia com seis grupos patronais: Grupo 2 (máquinas e eletrônicos); Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos); Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros); Estamparias e Fundições.
As montadoras de veículos têm negociado diretamente com os sindicatos das regiões onde estão instaladas.