O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) tem feito sua parte para enfrentar a crise econômica, que foi gerada por uma crise política plantada pela oposição raivosa ao governo federal. Assim que despontou o cenário negativo atual, o Sindicato passou a divulgar para as empresas do setor na região que estava disposto a negociar acordos que evitassem demissões. Muitos empregos foram salvos até agora devido a esses mecanismos de proteção aos postos de trabalho.
Os próprios metalúrgicos, nas fábricas, têm feito muito bem a parte deles ao participar de plenárias, reuniões e assembleias sindicais que tratam das propostas de proteção ao emprego. Dessa forma foram firmados dezenas de acordos de férias coletivas, banco de horas, lay-off, redução de jornada sem redução de salários, entre outros.
Agora, neste início de 2016, é preciso haver unidade para estimular o desenvolvimento com geração de emprego e direitos sociais. Devemos, sobretudo, não dar ouvidos aos golpistas e trombeteiros do ódio, que só fizeram piorar o clima de negatividade no país.
Mas o desenvolvimento não pode ser considerado uma tarefa apenas do governo federal. Estados e municípios também devem fazer a parte deles.
No caso do estado de São Paulo, a arrogância dos governantes e o ódio contra o governo federal que os tucanos difundem na mente dos paulistas prestam um desserviço à população e à nação. A prepotência habitual de Geraldo Alckmin só veio à tona para a maioria da opinião pública após a desastrada tentativa de “reorganização” do ensino, no final de 2015. Mas as diversas categorias profissionais que são obrigadas a negociar seus direitos com o governador já conheciam essa verdadeira faceta do tucano há anos.
Sorocaba, por sua vez, precisa pensar o desenvolvimento de forma regional. E mais do que pensar, deve agir com foco nos grandes problemas e nas grandes soluções relacionadas à Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), criada no ano passado a partir de um projeto do ex-deputado estadual metalúrgico Hamilton Pereira.
O município e a região de Sorocaba sempre tiveram potencial para diversas áreas da economia, como indústria, comércio, serviços, agricultura, turismo, entre outras. A RMS oferece uma oportunidade de desenvolver essas vocações municipais.
Para isso, primeiro, o prefeito de Sorocaba, natural cidade líder da RMS, deveria assumir de fato o papel de liderança nesse processo de desenvolvimento não só econômico, mas também social.
Os empresários locais precisam ter disposição para o diálogo franco, que gere um desenvolvimento duradouro e justo. Os patrões devem, principalmente, parar de utilizar as demissões como solução primária para toda crise que aparece.
A saída está no diálogo e no fortalecimento da democracia; não no ódio, não no golpismo da direita, não nas medidas retrógradas, que causam demissões e exclusão social. Considerando esses princípios, o SMetal se coloca desde já à disposição para participar desse plano de desenvolvimento regional. Mas, antes, basta de demissões!
