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Campanha Salarial

Paralisação pressiona Grupo 3 a apresentar nova proposta

As paralisações do ramo metalúrgico cutista realizadas na quarta-feira, dia 18, surtiram efeito nos setores patronais, a bancada do Grupo 3 sinalizou que apresentará uma nova proposta salarial

FEM/CUT
Paulo de Souza/SMABC

Rodada de Negociacao FEM-CUT e Grupo 3

As paralisações do ramo metalúrgico cutista realizadas na quarta-feira, dia 18, surtiram efeito nos setores patronais. Em rodada de negociação da Campanha Salarial, ocorrida nesta quinta-feira, dia 19, na sede do Sindipeças, a bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) sinalizou que apresentará uma nova contraproposta de aumento salarial para a FEM-CUT/SP.

Na semana passada, a Federação reprovou o reajuste da bancada de 6,8%. “O nosso movimento unificado ganhou peso no Estado e isso atingiu a bancada patronal. Na nossa base, as paralisações atingiram 29 empresas e 14 mil metalúrgicos no Estado, somando com o Conlutas (metalúrgicos de São José dos Campos) subiu para 33 fábricas e 15 mil metalúrgicos”, explica o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva (Biro Biro).

Segundo Biro, a bancada do G3 também sinalizou que pode avançar nas reivindicações sociais da FEM, que destacam a garantia ao empregado em idade de prestação de serviço militar, ao empregado estudante, melhorias no plantão ambulatorial e a criação de uma função compatível para a mulher gestante. “Vamos aguardar a resposta, enquanto isso, as mobilizações e paralisações continuarão nesta sexta-feira, 20”, informa.

Estão em Campanha Salarial na base do G3 51 mil metalúrgicos no estado de São Paulo.

Até o início da noite desta quinta, dia 19, a bancada do G3 continuava em reunião com as empresas no Sindipeças.

Próximas rodadas

A FEM continua nesta sexta-feira, 20, rodada com a bancada patronal do Grupo 10, no Sindilux, na FIESP e na segunda-feira, 23, às 10h, com o G2 na Abinee II, localizada à Av. Paulista, 1439 – 6º. andar. Já nos demais setores patronais ainda não há novas agendas, mas a negociação continua.

Mobilizações base CUT

Em razão da continuidade da negociação, não aconteceram novas paralisações nas fábricas na base da FEM-CUT/SP na quinta. Nesta sexta-feira, 20, estão previstos protestos e paralisações de 24 horas no ABC paulista e parciais em Sorocaba.

Nos demais sindicatos metalúrgicos continuam as assembleias prolongadas nas portas das fábricas.
Segundo o levantamento da FEM-CUT/SP, realizado na quarta-feira, 18, as greves atingiram 33 empresas e 15 mil metalúrgicos no Estado. Só na base da FEM-CUT/SP, foram 29 empresas e 14 mil metalúrgicos das regiões do ABC paulista, Sorocaba e Salto. Em São José dos Campos, base da Conlutas, cerca de mil metalúrgicos do setor de autopeças pararam.

Outras bases

Na base da CSP/Conlutas, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que aconteceram paralisações na quinta-feira, 19, na Sun Tech (Caçapava) e Blue Tech (SJC), ambas do setor de eletroeletrônicos. Já os metalúrgicos da TI Automotive continuam em greve, que iniciou na quarta-feira, dia 18, por tempo indeterminado.

Já na base da Intersindical, os sindicatos metalúrgicos de Campinas, Limeira e Santos farão uma assembleia geral no domingo, 22, para organizar a paralisação a partir de segunda-feira.

Principais reivindicações da FEM-CUT/SP

As principais reivindicações são a reposição integral da inflação, o aumento real no salário, a valorização nos pisos salariais, a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e a ampliação e unificação de direitos em Convenção Coletiva de Trabalho. A Campanha Salarial da FEM tem pauta cheia, ou seja, serão negociados com os patrões a renovação, a melhoria e a ampliação das cláusulas econômicas (aumento salarial e pisos) e sociais.

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