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Fase emergencial

Pandemia: Governo de SP endurece restrições e decreta toque de recolher

João Doria, governador do estado, fez anuncio de novas restrições em coletiva de imprensa; país passa por um dos momentos mais difíceis da pandemia e municípios paulistas já registram filas para UTI’s

Imprensa SMetal
Fotos Públicas - Rodrigo Chagas
O estado, que já está na fase vermelha do Plano São Paulo, agora terá toque de recolher das 20h às 5h

O estado, que já está na fase vermelha do Plano São Paulo, agora terá toque de recolher das 20h às 5h

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 11, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador João Doria anunciou medidas ainda mais rígidas a serem cumpridas a partir do dia 15 de março, seguindo até o final do mês. O estado, que já está na fase vermelha do Plano São Paulo, agora terá toque de recolher das 20h às 5h e outras regras.

O atendimento do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), que já está sendo realizado à distância, terá algumas alterações que serão detalhadas nesta sexta-feira.

O que muda?

Fica expressamente proibida a realização de atividades com aglomeração e, durante o período do toque de recolher, a população não poderá frequentar praias e parques. Não será permita retirada de produtos alimentícios em restaurantes e bares, o consumidor só poderá receber esses produtos entre 5h e 17h, por meio do sistema de drive thru e/ou delivery.

Órgãos públicos e outros escritórios de setores não essenciais devem adotar o sistema de ‘teletrabalho’ (home office) para realizar suas atividades administrativas. Outra mudança é que as igrejas, templos e outras celebrações religiosas – que estão liberadas na fase vermelha – não poderão mais funcionar durante e fase emergencial, bem como as lojas de materiais de construção e as atividades esportivas coletivas. O uso da máscara permanece obrigatório em qualquer ambiente interno ou externo.

Cenário é um dos mais difíceis desde o começo da pandemia

As regras mais rígidas fazem parte de uma tentativa de conter o avanço do coronavírus e frear um possível colapso no sistema público de saúde. Somente ontem, de acordo com os dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil registrou 2.349 óbitos causados pela covid-19. Em São Paulo, 469 vidas foram perdidas para essa doença.

Em Sorocaba, foram 15 mortos confirmados pela prefeitura, na quarta-feira, 10, no período que corresponde entre 5 e 10 de março. Entre as vítimas está um bebê de apenas 1 mês. A cidade soma mais de 36,8 mil casos confirmados e 806 mortos desde o início da pandemia.

Além disso, a Prefeitura de Sorocaba confirmou, nesta semana, que 50 pacientes com Covid-19 aguardavam internação em leitos de enfermaria e UTI.

Durante a apresentação das novas medidas, o governador comentou, ainda, que hoje, mais de 9 mil pacientes estão internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em todo o estado, representando assim um número 47% maior do que o observado durante o primeiro pico da doença, em 2020.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, ressalta que a entidade já adotou o sistema de ‘home office’ com seus funcionários. “Desde que tomamos conhecimento do anuncio da fase vermelha, organizamos os horários e fornecemos equipamentos para que os nossos funcionários ficassem em casa e seguros”, comenta.

Ele recorda que o Sindicato tem atuado pela saúde de todos os trabalhadores. Ainda em 2020, em um primeiro momento a entidade cobrou medidas de higiene e segurança das empresas, buscando adaptar a rotina para nova realidade. Na sequência, negociou acordos – desde férias coletivas, banco de horas até suspensão de contrato e redução de jornada – que garantiram a saúde, o emprego e a renda dos trabalhadores.

“Pedimos para aqueles que podem realizar seu trabalho de forma remota, que fiquem em casa, pela sua saúde e de todos nós. Aos trabalhadores, colocamos nossos serviços à disposição e pedimos para que todos tomem os cuidados com a saúde”, reforça Leandro Soares.

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