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Reforma Trabalhista

Palestra de Lippi em Piedade termina em confusão

Em nota, SMetal lamenta o episódio e afirma ser contrário à violência no meio social

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Levianas: Lippi tenta culpar sindicatos pela rejeição popular que está cultivando como deputado a serviço de golpistas

Levianas: Lippi tenta culpar sindicatos pela rejeição popular que está cultivando como deputado a serviço de golpistas

Uma palestra do deputado federal Vitor Lippi (PSDB) em defesa da reforma trabalhista realizada na Associação Comercial de Piedade na noite de segunda-feira, dia 3, terminou em agressões entre assessores do parlamentar e pessoas do público.

Defensores do político tucano chegaram a mencionar, sem provas nem indícios, a suposta participação de sindicalistas na confusão, o que foi prontamente desmentido pelo SMetal, que enviou nota à imprensa sobre o assunto.

Os confrontos começaram quando um membro da platéia, que não era do meio sindical, teceu duras críticas ao deputado quando lhe foi passado o microfone para fazer perguntas. Um assessor do deputado reagiu empurrando violentamente o rapaz, dando início à confusão, que envolveu cerca de 10 pessoas, entre agressores, agredidos e participantes que tentavam separar a briga.

A nota do SMetal lamenta o episódio. “Lamentamos porque somos contrários à violência no meio social. Mas lamentamos também porque o confronto físico tirou do foco o principal assunto em questão, que é de extremo interesse coletivo: os prejuízos que a reforma trabalhista trará para a imensa maioria da população brasileira”.

“Temos argumentos trabalhistas, jurídicos e sociais mais do que suficientes para rebater as teses antissociais do deputado Lippi, sem precisar recorrer a qualquer ato violento”, afirma a nota.

Leia a íntegra da nota abaixo:

SMetal lamenta o desfecho da palestra de Lippi em Piedade

Nós, da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), lamentamos o desfecho conturbado da palestra do deputado federal Vitor Lippi (PSDB) na noite de ontem, dia 3, na Associação Comercial de Piedade.

Lamentamos porque somos contrários à violência no meio social. Mas lamentamos também porque o confronto físico tirou do foco o principal assunto em questão, que é de extremo interesse coletivo: os prejuízos que a reforma trabalhista trará para a imensa maioria da população brasileira.

Ninguém do SMetal esteve envolvido nas agressões registradas no local. Até porque, temos argumentos trabalhistas, jurídicos e sociais mais do que suficientes para rebater as teses antissociais do deputado Lippi, sem precisar recorrer a qualquer ato violento.

Um dos integrantes do SMetal, que é piedadense, inclusive colaborou para apartar a briga.

Nossas manifestações, bem como a de outras entidades que compõem a Frente Brasil Popular, foram pacíficas tanto em frente quanto dentro da Associação Comercial.

Utilizamos as ferramentas de liberdade de expressão que a democracia nos proporciona; e que o grupo político golpista — que é chefiado nacionalmente pelo presidente ilegítimo Michel Temer; e do qual o deputado tucano de Sorocaba faz parte — tenta tomar da população brasileira.

Embora não envolvidos nas agressões, pudemos verificar o despreparo de um assessor do deputado Lippi que, de forma desproporcional e inconsequente, agravou a confusão ao empurrar de forma violenta um manifestante que fez duras críticas ao parlamentar quando lhe foi dada a palavra ao microfone.

Nada justifica a violência, mas a explosão de destempero por parte de representantes do deputado certamente contribuiu para a perda de controle da situação.

Também ressaltamos que o deputado e sua equipe deveriam estar preparados para reagir de forma pacífica a questionamentos em público, visto que os posicionamentos e os votos do senhor Lippi têm contrariado as expectativas de grande parte do eleitorado em relação ao seu representante no Congresso.

Lippi defende a desregulamentação das leis de proteção ao trabalhador e aos aposentados. Ele votou favorável à terceirização, à reforma Trabalhista, à reforma da Previdência e à cobrança de cursos por universidades públicas.

Portanto, a decepção e a oposição ao deputado hoje extrapolam os limites de quaisquer siglas de oposição; sejam partidárias, sindicais ou de movimentos sociais. Elas naturalmente partem, muitas vezes, de indivíduos que se sentem traídos ou mal representados pelo senhor Lippi.

No mais, reiteramos nossa oposição à reforma trabalhista, que foi o motivo de termos representantes na palestra em Piedade. Temos convicção que a proposta de reforma, caso aprovada, trará prejuízos irreparáveis por muitos anos aos trabalhadores e aos pequenos empreendedores.

Inclusive pequenos empresários que tentam se convencer de que a reforma vai permitir gerar empregos estão equivocados.

O empobrecimento da população e a falta de legislação de suporte ao mercado de trabalho trará graves consequências ao conjunto da economia brasileira, inclusive aos micro, pequenos e médios empresários. Somente as grandes corporações nacionais e multinacionais serão beneficiadas com a desregulamentação das leis sociais, trabalhistas e previdenciárias.

Como dissemos antes, temos argumentos e dados suficientes para rebater as reformas defendidas pelo deputado tucano, sem precisar recorrer à violência, que repudiamos.

Alguns de nossos argumentos podem ser conferidos em nossa página na internet www.smetal.org.br/suplementos

Sem mais para o momento, agradecemos a atenção.

Sorocaba, 4 de julho de 2017

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agressão assessor confusão lippi Manifestação palestra parlamentar piedade reforma Sorocaba vitor
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