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Editorial

Palavra da Diretoria – Oportunidade para o Brasil

Desde as primeiras décadas do século passado, a paixão pelo futebol está cravada no coração da imensa maioria dos brasileiros, de todas as classes e segmentos sociais, sem distinção ou preconceito

Imprensa SMetal

Desde as primeiras décadas do século passado, a paixão pelo futebol está cravada no coração da imensa maioria dos brasileiros, de todas as classes e segmentos sociais, sem distinção ou preconceito. Nessa relação passional do País com o futebol, a Copa do Mundo sempre foi uma ocasião especial.

A cada quatro anos, geração após geração, excetuando o período da 2ª Guerra Mundial, cidadãos de todas as idades acompanham os jogos e torcem pela seleção canarinho. Justamente quando o Brasil conquista o direito – reivindicado por muitas outras nações – de sediar uma Copa do Mundo, ganham destaque na sociedade grupos mal-intencionados, que convencem grupos mal informados para tentar boicotar o evento.

Reclamar, discordar e criticar são práticas saudáveis para a democracia e devem mesmo ser exercidas. Porém, as críticas à Copa, nesse caso, estão bastante atrasadas e não são nada construtivas. Pelo contrário, colocam sobre a sociedade o risco de não usufruir de alguns dos benefícios esperados com a Copa: a atração de turistas estrangeiros, a circulação de turistas brasileiros, os investimentos do exterior às vésperas dos jogos e, principalmente, a visibilidade mundial positiva para a economia do País e para a autoestima da população.

Acreditamos que a motivação de muitos dos que criticam a Copa seja espontânea e tenham como base preocupações legítimas e necessárias com mais investimentos na saúde e na educação, entre outros. Porém, essa é outra pauta. E não será com a não realização da Copa ou com a difamação do evento que iremos alcançar esse objetivo.

Além disso, os críticos sinceros devem tomar cuidado para não serem usados como massa de manobra de grupos interessados em desestabilizar o governo.
Segundo avaliação do economista José Álvaro de Lima Cardoso, supervisor técnico do Dieese de Santa Catarina, os ganhos do Brasil com a Copa são inquestionáveis, abrangem várias áreas de infraestrutura e serviços e ficarão disponíveis aos brasileiros por décadas.

Para Cardoso, as críticas ao torneio mundial de futebol têm sido alimentadas pela desinformação e por má-fé de opositores do governo. De acordo com ele, o Brasil deve receber 600 mil turistas estrangeiros durante a Copa que deverão injetar R$ 6,8 bilhões na economia em um mês. Os três milhões de turistas brasileiros esperados nas 12 cidades sede do campeonato deverão gastar outros R$ 18,35 bilhões para fomentar o comércio e o setor de serviços.

Conforme matéria publicada nesta edição da Folha Metalúrgica, as tão criticadas arenas multiuso vão consumir apenas 34% dos investimentos diretos na realização da Copa. As obras de infraestrutura, transporte, acessos, modernização da segurança pública e a qualificação profissional em vários setores de trabalho vão consumir outros 65% e vão servir à população local por muitos anos após o fim dos jogos.

Somente os investimentos em aeroportos, que vão dobrar sua capacidade de passageiros, já superam os gastos com as arenas. Para o economista, “a realização da Copa é uma oportunidade ímpar para o Brasil”.
O artigo de Cardoso pode ser lido na íntegra clicando aqui

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