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Editorial

Palavra da Diretoria – Nossa categoria, nosso time

Para os trabalhadores terem suas reivindicações coletivas atendidas, precisam se unir desde já. É necessário fazer da categoria um time forte e bem preparado, a fim de enfrentar as jogadas ensaiadas

Imprensa SMetal

A primeira reunião entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), entidade à qual o SMetal é filiado, nesta quarta-feira, dia 16, deu início às negociações da campanha salarial da categoria este ano. A expectativa é que os demais grupos do setor também iniciem negociações em breve. Como a data-base da categoria é 1º de setembro, pode parecer que temos muito tempo pela frente. Mas essa linha de raciocínio é enganosa e traiçoeira.

Para os trabalhadores terem suas reivindicações coletivas atendidas, precisam se unir desde já. É necessário fazer da categoria um time forte e bem preparado, a fim de enfrentar as jogadas ensaiadas e as divididas, algumas desleais, que os patrões vão tentar impor sobre nós.

Aliás, esse time de metalúrgicos deve se portar de maneira diferente da seleção brasileira na última Copa: não pode depender de um único craque pra ganhar o jogo e, muito menos, o campeonato. Devemos atuar como equipe, forte, decidida, com garra, união e cada um ciente de seu papel em campo.
Todos devem buscar a mesma meta e, para isso, a mobilização tem que ser geral.

Pra se ter uma ideia das dificuldades que os metalúrgicos devem enfrentar na campanha salarial, já na primeira negociação os patrões do G3 abriram a costumeira choradeira para dizer que não têm condições de atender nossas reivindicações.

Pior. Os empresários apresentaram uma pauta própria de reivindicações para se contrapor à pauta dos trabalhadores. Nessa pauta, os patrões pedem a mudança da data-base, a fim de que as empresas de autopeças negociem em época do ano diferente dos demais setores metalúrgicos. O resultado seria o enfraquecimento do conjunto dos metalúrgicos. A FEM rejeitou o pedido no ato.

Não satisfeitos, os empresários propuseram reduzir a remuneração dos menores aprendizes. Hoje esses jovens trabalhadores têm direito ao piso da categoria, graças à muita luta sindical. Agora os patrões querem pagar aos aprendizes apenas o salário mínimo. Também nesse caso a FEM repudiou a reivindicação patronal.

Enfim, vários outros pedidos de retrocesso foram feitos pelos patrões. A FEM, por outro lado, reafirmou as reivindicações da categoria, que são o reajuste salarial pelo índice da inflação; aumento real de salários; valorização dos pisos; licença maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício e redução da jornada de trabalho para 40h semanais.

Mas, para anularmos as tentativas de retrocesso apresentada pelos representantes patronais, revidar a choradeira de sempre dos empresários e ainda conseguir ter nossas reivindicações atendidas, precisaremos estar muito unidos e conscientes de que somos todos companheiros nessa luta.

Recomendamos às trabalhadoras e trabalhadores da categoria demonstrarem apoio ao Sindicato e informar-se por fontes de fato confiáveis, que não sejam atreladas à classe patronal. Dessa forma poderemos ter, mais uma vez, uma campanha salarial vitoriosa.

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