No dia 26 de outubro, adultos e crianças brasileiras terão boa parte do seu destino traçado pelo resultado das urnas. A eleição presidencial irá definir se o Brasil vai avançar e criar mais oportunidades de progresso pessoal e coletivo; ou se vamos todos retroceder para um período de desemprego, insegurança social e falta de perspectivas.
Há dois projetos de Brasil em disputa nestas eleições.
Um deles, de Lula e Dilma Rousseff, prioriza a evolução social e a defesa dos direitos ao trabalhador. O outro, do PSDB, tem na sua raiz os interesses do mercado financeiro, dos banqueiros e dos empresários. O povo, nesse último caso, é apenas uma massa produtiva necessária para viabilizar os ganhos dos especuladores.
Diante de tamanha importância, é obrigação de todo sindicato de luta e de consciência relembrar os que têm mais de 35 anos e alertar os mais jovens sobre o sofrimento e a falta de esperanças que predominavam no Brasil quando o PSDB estava no governo.
Os impactos do modelo de governo do PSDB, hoje representado pela candidatura de Aécio Neves, foram desastrosos para os trabalhadores. Na época, o Brasil era o segundo país do mundo com maior número de desempregados. Pequenas e médias empresas fechavam as portas aos milhares.
Sob o disfarce de “flexibilização do mercado de trabalho”, o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) eliminou direitos trabalhistas, impôs o fator previdenciário, aumentou as terceirizações, instituiu a lei de ampliação dos contratos temporários de trabalho e tentou abolir artigos vitais da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A eliminação de direitos está no DNA do partido de Aécio Neves. Se o projeto dele vencer, podemos perder o 13º salário, o 1/3 sobre as férias, a multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão, a obrigatoriedade do registro em carteira de trabalho, entre outras.
E com um Congresso conservador, cujos membros são vinculados aos interesses patronais, é relativamente fácil aprovar leis que retirem direitos dos trabalhadores. Portanto, engana-se quem pensa que o voto é uma experiência que pode ser desfeita daqui a quatro anos.
Já o projeto de Lula e Dilma, em 12 anos, deu oportunidade de evolução para os brasileiros e seus familiares. Cada cidadão que progrediu foi por seus próprios méritos. Mas também porque tinha políticas públicas do governo federal voltadas para a sociedade e para o mercado interno.
Diante dos dois projetos que estão em disputa, não dá para ignorar a ameaça de desmonte do Estado brasileiro representada pelo PSDB, e é obrigação do sindicato alertar: o voto em Aécio é extremamente prejudicial para o trabalhador de hoje e das gerações futuras!