O Sindicato dos Metalúrgicos vai usar de todas as formas legais e democráticas para estimular a participação da categoria nas discussões do Plano Diretor de Sorocaba. É grande hoje o risco de a população ser pega de surpresa pela aprovação de uma lei potencialmente nociva para a atual e as futuras gerações.
A participação do SMetal no Movimento “Sorocaba Diz Não à Proposta de Plano Diretor”, lançado nesta terça-feira, dia 5, atende aos objetivos de se posicionar sobre o assunto e incentivar a inclusão da categoria no debate.
Desde a administração de Vitor Lippi o Executivo tenta emplacar uma revisão no Plano Diretor que é, no mínimo, duvidosa. Na ocasião, sindicatos, movimentos sociais, lideranças comunitárias e políticas conseguiram frear temporariamente a aprovação repentina de um projeto que não havia sido, nem de longe, levado ao debate popular.
Este ano, o prefeito Pannunzio, do mesmo partido do prefeito anterior, ressuscitou a proposta e tenta novamente aprová-la na base da pressão sobre o Poder Legislativo. As raras discussões abertas que aconteceram sobre o Plano Diretor deixaram claro que a proposta atual contém muitas falhas e riscos econômicos, sociais e ambientais.
Infelizmente, poucos moradores de Sorocaba dão atenção ao tema, que é de extrema gravidade. O Plano Diretor tem o poder de alterar o traçado urbano e rural da cidade, impõe regras de construção, delimita zonas industriais e residenciais, mexe com a política ambiental do município e define diretrizes para a mobilidade urbana, altera a política ambiental e trata da coleta de resíduos sólidos.
O que for definido no Plano Diretor vai afetar a vida dos moradores por 10 longos anos. No entanto, há denúncias inclusive que a proposta da Prefeitura atende muito mais aos interesses do mercado imobiliário do que as necessidades da população.
Os pontos polêmicos são muitos e a maior parte dos segmentos sociais que teve contato com a proposta exige que ela não seja votada do jeito que está.
Vários órgãos de imprensa, entidades da sociedade civil e órgão de representação consideram precipitado votar a proposta antes de ampliar o debate. Mesmo assim, a Prefeitura e sua bancada de sustentação na Câmara teimam em querer impor a votação do projeto.
A mobilização popular, no entanto, tem a capacidade de conter o ímpeto do Executivo de aprovar as pressas uma medida que altera a organização territorial da cidade – e a vida dos moradores – por uma década.
Nesse sentido, recomendamos aos metalúrgicos dedicar mais tempo ao tema Plano Diretor, pois ele diz respeito ao seu próprio futuro, de seus familiares e da cidade onde o metalúrgico reside e trabalha.
Sugerimos que leiam o manifesto do movimento, lançado neste terça-feira, em nosso site clicando aqui e acesse a página do movimento no Facebook: Fórum Popular do Plano Diretor.