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Paciência se esgota e trabalhares da Satúrnia param de novo

Em 2011 a empresa chegou a cortar o convênio médico e o transporte e deu férias coletivas aos funcionários

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Funcionários da Satúrnia durante protesto na Câmara Municipal de Sorocaba em agosto do ano passado

Funcionários da Satúrnia durante protesto na Câmara Municipal de Sorocaba em agosto do ano passado

Os funcionários da Satúrnia, fabricante de baterias instalada na zona industrial de Sorocaba, estão parados desde a manhã desta segunda-feira, dia 2, sem previsão de retornar ao trabalho.

A paralisação foi motivada por atrasos nos pagamentos, falta de recolhimento do FGTS e falta de perspectiva de sobre vida da empresa.

A Satúrnia, líder de mercado no seguimento de baterias industriais e de submarino, vive uma crise sem precedentes desde o começo do ano passado, quando reduziu o quadro de funcionário de 170 para cerca de 100 trabalhadores.

Em meados de 2011 a empresa chegou a cortar o convênio médico e o transporte e deu férias coletivas aos funcionários. Diante da crise, diversos trabalhadores entram na justiça para pedir rescisão indireta do contrato de trabalho.

Os trabalhadores, desde então, também têm feito uma série de manifestações para chamar a atenção da sociedade para a crise da fábrica. Eles já protestaram em frente à empresa, na Câmara Municipal, nas ruas do centro de Sorocaba e em Valinhos, em frente a Eaton, empresa que revendeu a Satúrnia ao Grupo ALTM em 2006.

Histórico
Líder de marcado por quase 80 anos, até o final dos anos 90, a Satúrnia chegou a empregar aproximadamente 400 pessoas. Em 2004 começou o sucateamento, quando a fábrica foi vendida à Eaton, grupo de capital norte-americano.

Em dois anos, até 2006, a Eaton fechou a linha de montagem de nobreak e o transferiu para a unidade que o grupo já mantinha e Valinhos, região de Campinas.

Naquele mesmo ano, com um passivo de aproximadamente R$ 60 milhões, a Satúrnia foi vendida por R$ cerca de R$ 30 mil para o grupo ALTM, um prestador de serviço no estado do Rio de Janeiro.

“A impressão que se tem é que a Eaton vendeu a Satúrnia [ao grupo ATLM] com a única finalidade do novo comprador fechar a fábrica. Dá-se a impressão de que houve esse acordo”, diz o dirigente sindical e funcionários da Satúrnia Alex Sandro Fogaça.

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