Em Sorocaba, há duas portas de entrada para o atendimento ginecológico gratuito: as Unidades Básicas de Saúde (foto) ou o Ônibus Rosa
O Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, está chegando ao fim, mas os cuidados com a saúde da mulher devem ser constantes. Seja na rede particular ou pública, a orientação dos médicos é que a mulher realize exames clínicos preventivos uma vez ao ano.
A mamografia é indicada pela Sociedade Brasileira de Mastologia para mulheres acima dos 40 anos. Antes disso, o exame é recomendado somente caso sejam observadas alterações no autoexame ou exista alguma predisposição genética na família. Atualmente, há 2.211 mulheres na fila para a realização da mamografia pelo Sistema Único de Saúde em Sorocaba – na rede municipal e estadual.
Para um atendimento ginecológico gratuito, pelo SUS, há duas portas de entrada na cidade: as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou o Ônibus Rosa. Para o atendimento nas UBSs (confira aqui os endereços), a mulher deve ir até a unidade mais próxima da sua residência e passar por uma consulta com a enfermeira para o acolhimento e encaminhamento de exames. Não é necessário agendamento prévio.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, os pedidos de mamografia, bem como outros exames, são agendados conforme a gravidade de cada caso e da demanda do posto de saúde. Quando é detectado algum fator de risco, a paciente é encaminhada ao ginecologista ou ao clínico geral e, em caso de resultado positivo, ela é dirigida diretamente para a oncologia, via Central de Regulação Municipal, para início do tratamento.
Além das UBSs, a mulher sorocabana pode buscar atendimento também no Ônibus Rosa. Todo início de mês, a Prefeitura de Sorocaba divulga os locais onde a unidade móvel estará estacionada (acesse aqui) e são disponibilizadas 16 senhas por dia, a partir das 7h. Para ser atendida, é necessário que a mulher leve um documento de identidade com foto, o cartão do SUS e o cartão da UBS, para encaminhamentos e agendamentos.
Em caso de mulheres que possuem convênio médico, na maioria dos casos, basta entrar em contato diretamente com o médico conveniado ou na central do plano de saúde para agendar o atendimento ginecológico. De acordo com Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em junho de 2022, haviam 332.024 beneficiários de convênio médico em Sorocaba. Desses, 172.856 eram do sexo feminino – ou seja, 52%.
Previna-se sempre
No ano de 2021, 152 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em Sorocaba. Em 2022 esse número cresceu e, até o momento, há 174 casos. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados 66.280 novos casos da doença. No mundo, dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) apontam que 2,3 milhões de mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em 2020.
Apesar dos altos índices de casos, a agência de saúde assegura que o tratamento do câncer de mama pode ser altamente eficaz, principalmente em seus estágios iniciais. Em entrevista à Imprensa SMetal, o ginecologista e obstetra, Jefferson Delfino, explica que o exame preventivo, seja qual for, na realidade não previne, ele “se antecipa” – por isso a importância das consultas de rotina.
“Se falarmos, por exemplo, da prevenção do câncer ginecológico, a ideia é eliminar alguns fatores que possam desencadear a doença ou, caso a pessoa já esteja enfrentando essa situação, que consigamos o diagnóstico o mais precoce possível. Quanto mais cedo realizamos esse diagnóstico, mais benefícios há e a chance de cura aumenta bastante. Portanto, a função da prevenção é evitar uma consequência pior”, assegura.
Esse tipo de exame preventivo é indicado para ter início quando a mulher tem seu primeiro contato sexual. Segundo o médico, eles são solicitados conforme a realidade da paciente, como histórico familiar e sintomas. “Se não tem sintoma, vive-se uma vida absolutamente normal, com consultas e análises de rotina. E, em torno dos 35, 40 anos, nós damos início à mamografia”.
E conclui: “o principal é você ir ao médico, de preferência um de confiança, e ele é quem vai te orientar sobre o melhor tratamento. A função de ficar preocupado numa consulta é do médico e não do paciente”.
Leia a matéria completa aqui: “Saúde da mulher: cuidados são essenciais em todas as idades”.
