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Trabalho Decente

OIT define ações de combate ao desemprego juvenil

O tema escolhido para este ano foi a crise financeira e o desemprego juvenil e acontecerão atividades até o final do mês

CUT Nacional

No domingo, 7 de outubro, celebrou-se em todo o mundo o Dia Mundial do Trabalho Decente, data definida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Desde 2008, as entidades sindicais vêm promovendo a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente com atos, passeatas e mobilizações de rua em vários países. As ações são capitaneadas pela Confederação Sindical Internacional (CSI) com apoio da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA).

O tema escolhido para este ano foi a crise financeira e o desemprego juvenil e acontecerão atividades até o final do mês. “Hoje, a atual conjuntura com a crise do sistema financeiro mostra um ataque brutal aos direitos da classe trabalhadora e ao trabalho decente. A maioria dos governos de direita aproveita-se para promover políticas de austeridade e arrocho salarial.

Felizmente, no Brasil, estamos numa situação melhor, com categorias conquistando ganhos reais e sem reforma trabalhista com retirada de direitos. Mesmo assim, não há o que comemorarmos no dia 7, porque há muito que se fazer no sentido de garantir e ampliar direitos”, afirma João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT.

Organização sindical
João defende a bandeira da organização sindical, cita como exemplo o Estado de São Paulo, onde a grande imprensa tem assumido candidaturas, geralmente de direita e neoliberal, que criminalizam os movimentos sociais. Estes veículos de comunicação ostentam através de seus editoriais e articulistas posições contrárias às candidaturas do campo democrático-popular.

E quando o Sindicato dos Bancários de SP faz um jornal analisando democraticamente as propostas dos candidatos que lideram a pesquisa à prefeitura de São Paulo, destacando aqueles que possuem comprometimento com a agenda da classe trabalhadora, é invadido durante a noite de forma truculenta pela polícia militar a mandado da coligação tucana.

Juventude quer mais educação e emprego decente
O desemprego em escala mundial afeta em maior proporção a juventude. Hoje, são mais de 75 milhões de jovens desempregados em todo o mundo. Destes 17,7 milhões estão nos países do G20. Na Espanha, por exemplo, 25% da população está desempregada. Para a juventude, o índice é o dobro do restante das faixas etárias.

Diferentemente do que pensam alguns governos e setores da sociedade, para diminuir o desemprego juvenil não basta apenas criar novos postos. Por necessidade, muitos jovens acabam entrando muito cedo no mercado de trabalho, ocupando os empregos mais precários ou rapidamente integrando as estatísticas de desempregados.

A CUT, em seus princípios históricos, sempre lutou pela garantia e ampliação dos direitos dos (as) trabalhadores (as), com emprego digno e de qualidade, igualdade de oportunidades e plena liberdade de organização sindical. A promoção do trabalho decente faz parte da série de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, consolidado em uma Agenda e um Plano Nacional de Trabalho Decente que visam a geração de mais e melhores empregos, igualdade de oportunidades, erradicação do trabalho escravo e infantil e fortalecimento dos atores tripartites e do diálogo social.

Um grande marco neste ano foi a realização da I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, que reuniu mais de 23 mil pessoas em suas etapas preparatórias, sendo a primeira experiência no mundo a debater questões relacionadas ao mundo trabalho. Marcada pelo tensionamento e divergências, com boicote do setor empresarial, evidenciou o acirramento da luta de classe e um conceito ainda em disputa, reafirmando a necessidade de mudanças que democratizem as relações de trabalho no País.

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