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MOEDA DE TROCA

‘Objetivo dos golpistas é tomar de assalto o pré-sal’, afirmam CUT e petroleiros

Em nota, trabalhadores dizem que não permitirão que "reserva mais cobiçada do planeta" seja entregue aos interesses estrangeiros

Rede Brasil Atual
Divulgação

Os trabalhadores acusam o governo ilegítimo de Temer de entregar o pré-sal aos interesses estrangeiros em troca de reconhecimento internacional

A CUT e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em nota conjunta, criticam as medidas econômicas anunciadas ontem, dia 24, pelo governo interino de Michel Temer, em especial a proposta de retirar as garantias da Petrobras como operadora única do pré-sal e a obrigatoriedade de participação mínima de 30% nos campos explorados, abrindo espaço para a atuação de empresas estrangeiras.

Os trabalhadores acusam o governo Temer, que classificam como “ilegítimo”, de entregar o pré-sal aos interesses estrangeiros em troca do reconhecimento internacional do novo governo, alçado ao poder através de um golpe. “O principal objetivo dos golpistas é tomar de assalto a mais cobiçada reserva de petróleo do planeta”, afirmam em nota, e avisam que os trabalhadores lutarão contra a medida. “Essa conta não será paga pelo povo brasileiro”.

Confira a íntegra da nota:

Não permitiremos que o Pré-Sal seja moeda de troca dos golpista

A FUP e a CUT repudiam as medidas anunciadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, entre elas a intenção de abrir a exploração do Pré-Sal para as multinacionais. Como vínhamos alertando, o principal objetivo dos golpistas é tomar de assalto a mais cobiçada reserva de petróleo do planeta. Um tesouro que os especialistas estimam conter no mínimo 273 bilhões de barris de óleo.

Portanto, quando Temer anunciou nesta terça-feira (24) que irá priorizar a aprovação do Projeto de Lei 4567/16, que tira da Petrobras a garantia de ser a operadora única do Pré-Sal e de ter participação mínima de 30% nos campos licitados, começou a pagar a conta dos financiadores do golpe.

Abrir a operação do Pré-Sal para as multinacionais é o primeiro passo para acabar com o regime de partilha, conquistado a duras penas pelo povo brasileiro para que o Estado possa utilizar os recursos do petróleo em benefício da população.

Além de ser a única petrolífera que movimenta a cadeia nacional do setor, gerando empregos e investimentos no país, a Petrobrás é também a única empresa que detém domínio tecnológico para operar o Pré-Sal com custos abaixo da média mundial. Menores custos significam mais recursos para a educação e a saúde, setores que o governo ilegítimo de Michel Temer anunciou que serão contingenciados.

O Pré-Sal, além de fazer do nosso país um dos principais produtores mundiais de petróleo, é a maior riqueza que a nossa nação dispõe para garantir desenvolvimento econômico e social ao povo brasileiro. Para isso, é fundamental que tenhamos uma empresa nacional de porte na operação destas reservas.

Abrir mão da Petrobras como operadora do Pré-Sal é ir na contramão do mundo.

As empresas nacionais e estatais de petróleo detêm 90% das reservas provadas de óleo e gás do planeta e são responsáveis por 75% da produção mundial.

Se a Petrobrás deixar de operar o Pré-Sal, nenhuma outra petrolífera investirá em nosso país, movimentando a indústria nacional, como faz a estatal brasileira.

Mais de 90% das contratações do setor são feitas pela Petrobrás. Nenhum navio, sonda ou plataforma foram produzidos no Brasil a pedido das multinacionais que operam no país.

Os trabalhadores e a sociedade organizada não permitirão que o Pré-Sal seja entregue à Chevron e às outras multinacionais, como prometeu José Serra, autor do projeto de lei que Michel Temer que aprovar.

Essa conta não será paga pelo povo brasileiro.

José Maria Rangel – Coordenador Geral da FUP

Vagner Freitas – Presidente Nacional da CUT

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