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Editorial

O valor da educação

A possibilidade de Sorocaba receber, ainda este ano, uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, lança luz sobre o importante debate sobre formação e qualificação profissional

Imprensa SMetal

A possibilidade de Sorocaba receber, ainda este ano, uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFE), lança luz sobre o importante debate sobre formação e qualificação profissional, principalmente voltada aos jovens, em nossa região.

Vale lembrar que cidades como Salto, São Roque, Boituva e Itapetininga já possuem, há alguns anos, suas respectivas unidades do Instituto Federal. Apesar de tardia, a iniciativa da prefeitura – de finalmente buscar parceria com programas do Governo Federal – poderá beneficiar centenas de jovens, por meio da oferta de educação gratuita e de qualidade.

Isso porque o papel social dos institutos federais, conforme estabelecido na lei que os criou, é elevar a qualificação dos trabalhadores, com oferta de Ensino Técnico integrado ao Ensino Médio, e também na oferta de cursos de licenciatura, para formação de professores.

Mais do que capacitar os jovens para ocupar um posto no mercado de trabalho, a oferta gratuita de estudo de qualidade tem poder transformador, na medida em que, por meio do acúmulo de conhecimento, são ampliadas as liberdades e capacidades do sujeito e, consequentemente, sua renda média.

Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base nos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, mostra que cada ano de estudo a mais de um trabalhador significa, em média, aumento de 15% de sua remuneração.

Esse dado, que simplifica os extremos da relação entre escolaridade e salário, deve chamar a atenção não apenas dos mais jovens, próximos a ingressar no mercado profissional, mas de todos os trabalhadores que vislumbram melhoria na qualidade de vida, por meio, por exemplo, de mais acesso a bens e serviços.

Os trabalhadores da categoria metalúrgica, independentemente da idade e do nível de escolaridade, devem estar dispostos a encarar novos desafios, buscando a transformação contínua por meio da educação.

Ao mesmo tempo, as empresas que passam a ter trabalhadores mais qualificados no seu quadro de funcionários – em muitos casos graças a investimentos públicos -, devem dar sua contrapartida de valorização que não pode ser nada menos do que melhores condições de trabalho e, principalmente, pagamento de maiores salários.

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