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O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

O atual Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Sorocaba e Região - Sindimetal - começou a formar-se no dia 18 de junho de 1939, como Sindicato

Geraldo Titotto Filho (Professor e assessor de formação do Sindicato dos Metalúrgicos e ex-presidente do Sindicato)

I – Primeiros Passos
O atual Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Sorocaba e Região – Sindimetal – começou a formar-se no dia 18 de junho de 1939, como Sindicato dos Operários Metalúrgicos e Classes Anexas de Sorocaba, em Assembléia realizada para esse fim, na sede do Sindicato dos Operários Tecelões, situado à Rua Padre Luis, centro.

Na ocasião, o representante do Departamento do Trabalho, Senhor Angelino de Góes Filho, solicitou junto à Assembléia a aclamação dos membros da Junta Governativa para dirigir o destino do Sindicato a ser fundado na oportunidade. Assim, foram aclamados os seguintes membros: Presidente – Petronilho Damasceno de Lima, Osório Telles de Medeiros – Vice Presidente, Raphael Cezarote – 2º secretario, Manoel Vieira – 1º tesoureiro, Luiz de Oliveira – 2º tesoureiro. Como membros do Conselho foram aclamados os seguintes operários: Luiz de Moura, Benedito Lázaro Miranda, Vitalino Fiel, sendo que, todos foram posteriormente empossados pelo Senhor Góes Filho.

Esta entidade funcionou à Rua Monsenhor João Soares, número 97, a partir de 19 de dezembro de 1939, custeada pela contribuição dos associados. Porém, não existem registros que indiquem a sua ação sindical nos anos seguintes, o que aponta para a sua curta existência.

No Brasil, vivíamos o Governo Vargas, sob o signo do Estado Novo. Ao mesmo tempo, o mundo assistia, perplexo, a perversidade do fascismo italiano e do nazismo alemão, que escreveram uma das páginas mais tristes da história humana; a “Segunda Guerra Mundial”, que deixou um saldo de 45 milhões de mortos, 35 milhões de feridos e 3 milhões de desaparecidos. O custo da guerra foi de um trilhão e 385 bilhões de dólares. Por outro lado, contraditoriamente, possibilitou o desenvolvimento tecnológico de forma violenta e apresentou uma nova divisão, no que diz respeito a influência, do mundo: a bipolaridade entre os Estados Unidos da América (Capitalismo) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Socialismo).

Essa bipolarização influenciou os cidadãos do mundo. De um lado, os defensores do Capitalismo, e do outro, os do Socialismo; sendo este, característico dos operários. Foi assim que, após um período de inércia, operários, pró-socialismo, realizaram uma Assembléia Geral, em Sorocaba, para instalação da Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Sorocaba. A Assembléia ocorreu no dia 24 de fevereiro de 1946, na sede do Movimento Unitário dos Trabalhadores/Seção Sorocaba, sito à Rua Brigadeiro Tobias, número 42.

Esta Entidade, com certeza, foi o embrião do atual Sindimetal e sua primeira Diretoria foi composta pelos operários: Benedito Ferraz – Presidente, Francisco Leão Filho – Secretário e Leandro Daniel de Lima – Tesoureiro. Para o Conselho Fiscal, foram escolhidos os operários Zacarias Augusto Fonseca, Oswaldo Teixeira e Arlindo Finessi.

A Associação centrou sua atuação em três eixos: na consolidação da própria entidade, no auxílio médico e jurídico aos seus associados e na defesa dos interesses dos operários, no que diz respeito a relação Capital X Trabalho. Como já dissemos, vários de seus membros tinham tendência ao Socialismo.

No dia 9 de setembro de 1946, participou, através de seu Presidente Benedito Ferraz, do I Congresso Sindical dos Trabalhadores do Brasil, realizado no Rio de Janeiro, sob o patrocínio das Federações dos Trabalhadores e do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Em 1947, aderiu em Assembléia da categoria, à Confederação dos Trabalhadores do Brasil – CTB.

Esse período foi caracterizado como “o início da redemocratização no Brasil”. A eleição de dezembro de 1945 tinha levado o General Eurico Gaspar Dutra à Presidência da República. Elegeu também, Deputados e Senadores que elaboraram uma nova Constituição, aprovada no dia 18 de setembro de 1946.

Os principais atos desse governo apontam para a criação de escolas primárias e de cursos de alfabetização de adultos, à proibição do jogo em todo o território nacional e a supressão do Partido Comunista do Brasil – PCB. Este último ato violentou as liberdades e feriu profundamente as organizações operárias, incluindo a Associação dos Metalúrgicos.

Diante dessa perseguição interna, somada a crise provocada pela Segunda Guerra – desemprego e crise econômica – e os efeitos provocados pela “Guerra – Fria”, os operários caíram na defensiva dentro das fábricas, causando mais um período de inércia na Entidade.

No dia 10 de outubro de 1950 um grupo de associados convocou uma Assembléia Geral para eleger uma Diretoria, visto que, todos os membros que compunham a Diretoria em exercício, “abandonaram” os seus cargos. Coordenaram essa Assembléia o Senhor Paulo Montalvão de Jesus, como Presidente da mesa, o Senhor Nicolau Sajo, como Secretário e o Senhor Gildo Bellini, como Escrutinador. Esta Assembléia elegeu uma nova Diretoria, composta pelos operários: Ernesto Bastos – Presidente, Oswaldo Cruz – Secretário, Fausto de Oliveira – Tesoureiro e Fioravante Sajo, Benedito Nascimento, Sílvio Sajo, Benjamim Silveira Costa, Pedro Gomes do Nascimento, Luis Correa, João Maturano e Hermínio Sajo, para o Conselho Fiscal.

Participou desta Assembléia o Senhor Alfeu Ottoni, representante do Delegado de Polícia. Nesse período, funcionou a Associação à Rua São Bento, número 43, 2º andar. A mesma encaminhou diversas reivindicações salariais, junto a várias empresas da cidade, entre elas: Irmãos Notari, Monteiro e Cia., Irse Mencacci, Posto Archila, Fábrica de Facas e Facões Sorocabanos e Indústria Metalúrgica Nossa Senhora Aparecida S.A. É importante destacar o caráter pacífico destas reivindicações, pois o resultado das negociações entre a Entidade e os patrões eram acatados, mesmo quando não atendiam as necessidades dos trabalhadores.

Isto se explica pela verificação de situações extremas nesse período. De um lado, conquistas importantes obtidas pelos trabalhadores, como a jornada de 8 horas diárias (até então a jornada variava entre 12 e 16 horas), regulamentação do trabalho da mulher e do menor, salário mínimo, lei de férias etc.

Do outro, uma perseguição às lideranças operárias, particularmente as ligadas ao Partido Comunista, que comandavam os Sindicatos através do Movimento de Unificação dos Trabalhadores – MUT, terminando com a decretação da ilegalidade de ambos.
Ainda nesse período surgiram o Ministério do Trabalho, a Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT e o assistencialismo estatutário, como forma de controle e cooptação dos sindicatos.

No cenário internacional, a bipolarização entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas acirrava-se. Em 1949, os estadunidenses articularam a Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN – e os soviéticos responderam com o Pacto de Varsóvia. A Organização das Nações Unidas – ONU, criada em 1945, assistia, impotente, aos movimentos dos dois gigantes.

Os países americanos, inclusive o Brasil, sofreram com essa disputa, pois ambos investiram, prioritariamente, na Europa e na Ásia, regiões em disputa. Logo, a América e a África não receberam investimentos, nem distribuíram os seus produtos nestas áreas.
Assim, isolado, o governo usou de todas as armas para sufocar o crescente descontentamento popular devido ao desemprego e a carestia. Uma dessas armas atinge os Sindicatos, que passam a ter vigilância em suas ações e na de seus dirigentes, quando não, já haviam sido tomados por membros de confiança do governo, que aceitavam, pacificamente, os limites da legislação vigente, sem promover movimentos de massa e com objetivos reivindicatórios.

II – O reconhecimento do Sindimetal
Nessa conjuntura, os metalúrgicos de Sorocaba, que tiveram a Associação reconhecida desde 1946, conseguem no dia 12 de abril de 1954, serem contemplados, com o reconhecimento de seu Sindicato, recebendo do Governo a tão esperada “Carta Sindical”.
Compunham a Diretoria os operários: Ernesto Bastos Netto, Fioravante Sajo, Benedito Rosário do Nascimento, Hermínio Sajo, Benjamim Silveira Costa, Benedito de Almeida, Euclides Cavichiolli, Jairo Castro e Luiz Rodrigues da Cruz. A comunicação foi feita através de telegrama enviado pelo Senhor José Sanches Duran, então Presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado de São Paulo. O Sindicato tinha sede social, sito à Rua São Bento, número 225.

A primeira Diretoria, eleita, para o Sindicato era composta pelos seguintes membros: Ernesto Bastos – Presidente, Jairo de Castro – Secretário e Benedito Rosário do Nascimento – Tesoureiro, os Senhores Hermínio Sajo, Francisco Daniel e Nicolau Sajo – Suplentes da Diretoria, os Senhores Benedito de Almeida, Waldemar Gomes da Silva e Benjamim Silveira Costa-Conselho Fiscal, os Senhores Diogo Gomes, Euclides Cavichiolli e Guilherme de Almeida – Suplentes do Conselho Fiscal; os Senhores Ernesto Bastos Netto e Benedito Rosário do Nascimento – Delegados ao Conselho da Federação; e finalmente, os Senhores Hermínio Sajo e Benedito de Almeida – Suplentes de Delegados ao Conselho da Federação.

Esta Diretoria foi empossada no dia 19 de setembro de 1954 e consta dos Registros do Sindimetal, uma ajuda por parte do Serviço Social da Indústria – SESI – no valor de CR$ 4.000,00 (quatro mil cruzeiros). Esse valor foi entregue pelo Senhor Armando Pannunzio, na época Delegado Regional do SESI.

Nesse período, estavam associados ao Sindimetal aproximadamente 450 operários e a Diretoria buscava estender sua base territorial para São Roque, visando atingir os 1200 operários da CBA e também, ampliar a arrecadação do Sindicato, principalmente, através do perverso Imposto Sindical, verdadeira muleta do dirigente sindical descomprometido com a sua base. No final do ano de 1958, a extensão de base para São Roque foi regulamentada.

No ano de 1963, o Sindicato muda-se para a sua sede própria, à Rua da Penha, número 748, local onde funcionou até adquirir a nova sede, situada a Rua Julio Hanser, 140.

No final da década de 1950 e inicio da de 1960, o Brasil passou, novamente, por transformações profundas. Getúlio Vargas vence a eleição em 1950 para Presidente, voltando ao poder. Governou de 1951 até 1954, período em que criou a Petrobrás, empresa estatal, destinada a fortalecer a economia nacional, contrariando interesses internacionais, e passando a sofrer forte pressão de setores de dentro e fora do país, que o levaram ao suicídio, no dia 24 de agosto de 1954. Abandonado pelos militares, pelos burocratas do governo, pelos políticos e até por seu vice-presidente, Café Filho, o presidente Getúlio Vargas só tinha uma saída na madrugada do dia 24 de agosto: renunciar. Mas, quando seus adversários já comemoravam a vitória política, Vargas mudou o rumo da história. Por volta das 5h, segundo sua filha Alzira Vargas, o Presidente, sozinho em seu quarto, disparou um tiro fatal no peito.

Seu sucessor foi Juscelino Kubitschek, que lançou o Plano de Metas, cujo slogan era: “50 anos em 5” . Esse plano consistia no estabelecimento de indústrias, usinas hidrelétricas, construção se estradas, etc.

Atingiu seus objetivos com a instalação da indústria automobilista em São Paulo. As grandes montadoras de carros então localizadas na região do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul). Com relação a hidrelétricas, construiu as de Furnas e Três Marias, Garantiu ainda, incentivo à indústria naval e construiu a Rodovia Belém-Brasilia. Aliás, sua marca foi à construção de Brasília, a nova capital da República, no Planalto de Goiás, que foi planejada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, e inaugurada no dia 21 de abril de 1960.

Em 1960, o ex-governador de São Paulo, Jânio da Silva Quadros venceu a eleição para suceder Juscelino, derrotando o General Lott.

Jânio, ao assumir em 1961, procurou equilibrar as finanças e tomou diversas medidas de caráter moralizante. Sua política externa caracterizou-se pelo contato com os países socialistas, visando desenvolver o comércio. Seus atos não agradaram ao Congresso, a União Democrática Nacional – UDN – e as multinacionais, e após, uma campanha desencadeada por Carlos Lacerda, líder da UDN, e por pressões internas e externas, Jânio resolveu renunciar em 25 de agosto de 1961, ou seja, sete meses após o início de seu governo.

Logo após a renúncia de Jânio, assumiu o Governo o Presidente da Câmara, Pascoal Ranieri Mazzilli, porque o Vice-Presidente João Goulart estava viajando a negócios pela China Popular. Mas alguns militares não queriam que Goulart assumisse, pois o consideravam de esquerda e criaram uma situação delicada, levando o Congresso Nacional a adotar o sistema Parlamentarista. Posteriormente, em 1963, houve um plebiscito para decidir sobre o sistema Parlamentarista ou Presidencialista. Venceu este último, e João Goulart assume a Presidência com poderes normais.

Jango, como era chamado, implantou o chamado Plano Trienal, que visava o combate à inflação e a reforma agrária, porém, o mesmo fracassou e o custo de vida aumentou. Começaram as greves dos trabalhadores e um descontentamento geral, principalmente, de grandes empresários, de elementos da igreja e de militares graduados. Usando, mais uma vez, do argumento da ameaça comunista, os oficiais militares resolveram depor o Presidente, fato concretizado entre os dias 31 de março e 1 de abril de 1964, com um golpe político-militar. Iniciava-se, dessa forma, no Brasil, os 20 anos de regime militar, caracterizado pela força, perseguições políticas, prisões, torturas, assassinatos etc.

Neste mesmo período, dois fatos significativos ocorreram na América: a vitória da Revolução Cubana, em janeiro de 1959 e a formação da Frente Sandinista, na Nicarágua, em 1962. Ambos foram seguidos por forças que resistiram ao regime militar, onde temos, por exemplo: o Comando de Libertação Nacional – COLINA -, a Vanguarda Popular Revolucionária – VPR – do capitão Lamarca, a Vanguarda Armada Revolucionária – Var-Palmares -, a Aliança Libertadora Nacional – ALN – de Carlos Marighela, entre outras.

III – Intervenção e Peleguismo
A partir de 1964 – após o golpe militar – houve intervenção nos Sindicatos e foram nomeadas pessoas de confiança dos empresários para substituir as diretorias combativas.

O Sindimetal, não escapou dessa violência e revezaram-se nos cargos de direção, entre outros: Carmo Ferreira da Silva, Benedito Abrão, Sidney Soares, Wantelino Ribeiro, Benedito Dias Batista, Luis Nunes Ferreira, Roque Machado, Rubens Tagliarini e Antonio Mauro de Abreu. Assim, foram 19 anos de colaboração de classes, suspensão das lutas e esvaziamento da Entidade. Sim, pois essa foi a linha de ação destas Diretorias, ou seja, quanto menos trabalhadores participando da Entidade melhor; mais que isso, permitiu que uns poucos apadrinhados desfrutassem do assistencialismo prestado pelo Sindimetal, que recebia muito dinheiro via, o famigerado, imposto sindical.

Nesse período, a cidade de Sorocaba havia se transformado, e a categoria acompanhou esse crescimento violento, principalmente, com a implantação na cidade, nos anos 1960, da Zona Industrial, que trouxe uma diversidade de ramos, com o metalúrgico, o de máquinas pesadas, de material bélico, eletro-eletrônico, autopeças, entre outros. Isto, somado às bases territoriais de São Roque, Mairinque e Votorantim, apresentava uma categoria com mais de 30 mil metalúrgicos.

Sorocaba, particularmente, justificava ainda mais, o título de “Manchester Paulista”, cedido numa referência à cidade inglesa de Manchester, berço da Revolução Industrial. As antigas e pequenas oficinas, em sua maioria, disputam, agora, mão-de-obra com grandes grupos nacionais, transnacionais e multinacionais.

Os metalúrgicos passaram a conviver com transporte, restaurante, uniformes, convênio médico extensivo à família, grêmios recreativos, e por que não dizer, melhores salários. É evidente que essas “vantagens” não caíram do céu, mas refletem acima de tudo, um estágio mais desenvolvido na luta dos trabalhadores nos países de origem destas empresas, e que foram para cá transportadas. Além disso, buscava conseguir mão-de-obra especializada, que na época era escassa na cidade.

A nível nacional, sem uma direção confiável nos Sindicatos, os trabalhadores passam a se organizar dentro das fábricas. Surgem as oposições. Estas, em 1968, vencem as eleições em Osasco-SP e Contagem-MG.

Em Sorocaba, a oposição metalúrgica concorre às eleições em 1972, 1975 e 1978, no entanto, não conseguem derrubar os esquemas montados pelas diretorias pelegas. Ainda em 1979, cresce o movimento de oposição, mas, seu objetivo esgotava-se na disputa da direção da Entidade, sem ter um programa claro e objetivo para a categoria.

Em março de 1980, esse movimento ganha, em Assembléia Geral, a tarefa de representação nas negociações salariais junto a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP. A Diretoria do Sindicato foi desautorizada a negociar e criou-se uma Comissão de Negociação, formada por Juscelino Araújo e Silva, Nelson Benites, Josias da Conceição, Marcos Vinicius Ferraz de Toledo, Manoel Soares da Silva, Antonio Rodrigues, José Antonio do Amaral, Marco Antonio Freire, Jurandir Sonydel, José Torres de Camargo e o Presidente do Sindicato, Sidney Soares.

Esta mesma Assembléia Geral decidiu romper com a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, e negociar junto com os metalúrgicos do ABC.

Neste ano a categoria parou – por melhores salários – 7 dias, junto com São Bernardo do Campo que parou 40 dias. Foi nessa greve que Lula foi processado pela Lei de Segurança Nacional e afastado da Presidência do Sindicato do ABC.

Em Sorocaba, a Diretoria do Sindicato, por ser contra o movimento, pôs em prática o lema: “Dividir para imperar”, convencendo os operários, em grupos isolados, a voltarem ao trabalho: A greve foi suspensa.

No ano de 1981, o Sindimetal teve eleição para renovação da diretoria. As chapas registradas foram encabeçadas por Sidney Soares – Chapa 1 – e por Juscelino Araújo e Silva – Chapa 2, esta com alguns membros da Comissão de Negociação de 80, e ampliada com novas lideranças, entre elas: João Batista da Silva.

Logo depois do registro das chapas, dois membros da Chapa 2, que trabalhavam na Companhia Brasileira de Alumínio – CBA -, desistiram de concorrer por pressões da empresa. Outro membro que trabalhava na Faço II foi impugnado, pois não tinha os dois anos na categoria, necessários para ser candidato. Desse modo, a oposição poderia ser impugnada – e foi – por não ter o número mínimo de membros necessários para participar das eleições. Inconformada, pois alegava que os problemas foram causados porque tinha se registrado às pressas, já que as inscrições fecharam um dia antes do prazo; a Chapa 2 resolveu apelar à Delegacia Regional do Trabalho – DRT, pedindo a apuração das irregularidades.

Apareceu ainda, membros de uma terceira chapa – a Chapa 3 – que não chegaram a se inscrever, que recorreu à Justiça, através de dois de seus membros: Rogério Senno e Romeu Pires de Barros, orientados pelo advogado Dr. João Kakimori, alegando também a antecipação do prazo para a inscrição das chapas.

Mesmo assim, com processo na Justiça, a eleição aconteceu, somente com a participação da Chapa 1 . Com relação as denuncias da Chapa 2 , junto ao DRT, este compactuou com as manobras dos pelegos.

Os membros da oposição começaram a ser demitidos: 13 dos 14 membros da Chapa 2 foram mandados embora das empresas em que trabalhavam e não conseguiram mais emprego na região. Os empresários deram os retoques finais nas manobras dos pelegos.

Restava, então, aguardar o julgamento do Mandado Judicial apresentado pelos membros da Chapa 3 . Esta obteve em outubro de 1981, sentença favorável, considerando ainda, nula a eleição. Mas, passaram-se dois anos para que o caso fosse julgado definitivamente.

Enquanto isso, novas lideranças despontavam na categoria, muitos fugindo da perseguição empresarial do ABC, e começaram a reorganizar a oposição. Possuíam grande experiência na organização dentro das fábricas, nas formas de reivindicar e alguns apresentavam ótimas oratórias. Wilson Fernando da Silva, popularmente, Bolinha, destaca-se entre eles. Juntaram-se a eles militantes de Sorocaba que conseguiram escapar da caça-as-bruxas, promovida pelos pelegos e pelos empresários, destacando-se entre eles, João Batista da Silva, pessoa de muito carisma junto a categoria.

Em março de 1983, foi executada a sentença judicial e a Diretoria do Sindicato, apesar da resistência em cumprir a mesma, foi destituída. A nova eleição foi marcada para dos dias 16, 17 e 18 de agosto de 1983.

Concorreram três chapas: A Chapa 1 foi composta por lideranças políticas da cidade, militantes das fábricas e por um racha na situação, que se diziam inocentes úteis da antiga diretoria; a Chapa 2 foi formada só por membros ligados à Federação dos

Metalúrgicos, não caracterizando nenhuma mudança; e a Chapa 3 formada pelas novas lideranças vindas do ABC, mais militantes sindicais de Sorocaba. Esta última, encabeçada por Wilson Fernando da Silva – Bolinha – venceu as eleições, apresentando entre outras, as seguintes propostas:
a) lutar pela organização da classe trabalhadora e pela sua libertação;
b) pelo fim da estrutura sindical atrelada ao governo e aos patrões;
c) por uma Central Única dos Trabalhadores;
d) lutar ainda pela estabilidade no emprego, por CIPAs eleitas democraticamente, por salário igual para trabalho igual, pelo contrato coletivo de trabalho, pelo direito de greve, pelo salário desemprego etc.

IV – Da Reconquista aos Nossos Dias
O avanço das forças populares na luta pela democracia, somado ao esgotamento do modelo imposto pelos governos militares, obrigaram estes, a iniciarem um processo de abertura política, ainda no Governo Geisel, com a revogação dos Atos Institucionais. Já no Governo Figueiredo, a sociedade conquista a Anistia para milhares de exilados e prisioneiros políticos. Ocorre também, a Reforma Partidária, com o surgimento de novos partidos que disputariam suas propostas junto com o Partido Social Democrático – PSD – (Ex-Arena) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB -, únicos partidos permitidos até então pelos militares.

Entre os novos, destaca-se, o Partido dos Trabalhadores – PT -, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido Popular – PP -, de Tancredo Neves, que saíra do PMDB.

Já nas eleições de 1982, a oposição elegia vários governadores nos principais centros do país, a começar por São Paulo, que escolheu o peemedebista Franco Montoro. Tancredo Neves (que voltara ao PMDB) elegeu-se governador de Minas Gerais e no Rio de Janeiro, venceu Leonel Brizola, do PDT. Nessas eleições destaca-se a candidatura do operário e dirigente sindical do ABC, Luis Inácio Lula da Silva, ao governo de São Paulo, pelo PT. No entanto, a eleição para Presidente da República não se daria pelo voto popular, e sim pelo chamado: “Colégio Eleitoral”.

Em novembro de 1983, foi lançada a “Campanha das Diretas” para presidente. As primeiras manifestações não levaram mais que 10 mil pessoas. Em janeiro de 1984 já eram 50 mil no comício em Curitiba e 300 mil na Praça da Sé em São Paulo, em Teresina, 25 mil, em Belém, 60 mil; 300 mil em Belo Horizonte. No dia 10 de abril já eram um milhão na Candelária, no Rio de Janeiro. No dia 16 de abril, mais de um milhão no Anhangabaú, em São Paulo.

Todos esses comícios e manifestações visavam dar um basta ao regime militar e forçar a aprovação da emenda do deputado federal, Dante de Oliveira, que restabelecia a eleição direta para presidente da República. No entanto, essa demonstração de descontentamento popular não sensibilizou os parlamentares do PDS, que liderados por José Sarney, rejeitaram no Congresso Nacional essa Emenda, mantendo-se fiéis aos militares.

O Colégio Eleitoral, em eleições indiretas, elegeu Tancredo Neves para presidente, candidato pela Aliança Democrática. Paulo Salim Maluf, candidato do PDS saiu derrotado. O PT recusa-se a participar do Colégio e proíbe seus parlamentares de participar também.

Tancredo Neves venceu, no entanto, seu vice José Sarney (o mesmo que liderou os parlamentares do PDS a rejeitarem a Emenda pelas Diretas Já) foi quem assumiu a presidência, pois, Tancredo Neves veio a falecer por problemas de saúde. Era o fim do regime militar no Brasil, mas os militares tinham em José Sarney a tranqüilidade pretendida.

No plano internacional, esse período foi marcado pela “Crise do Petróleo”. Os países árabes aumentaram muito os preços do barril de petróleo, causando graves consequências para a economia mundial. Inicia-se mais uma crise capitalista, que implica em recessão, desemprego, arrocho salarial, inflação etc., que estende-se até o início de 1983.

Já o movimento sindical nacional, viveria um período de grande crescimento. Após rasgar o silêncio imposto pela ditadura militar, com a realização de enormes greves no final da década de 70, agora caminhava para a consolidação de um antigo sonho: “criar uma central sindical”, mesmo com a proibição da legislação vigente na época.

Após um período de aparente unidade entre todas as forças do movimento sindical – dos pelegos aos autênticos – no sentido de encaminhar a criação dessa central, ocorrem várias divergências entre esses setores, principalmente no que diz respeito à participação dos trabalhadores de base nas instâncias dessa central. Os pelegos não aceitavam essa participação e os autênticos não abriam mão dela.

Dividido, o movimento sindical acaba criando duas entidades. No dia 28 de agosto de 1983 uma plenária realizada em São Bernardo do Campo – SP, aprovou a formação da Central Única dos Trabalhadores que deveria ser um organismo “representativo, democrático e independente do Estado, dos patrões e dos partidos políticos”. Por outro lado, os setores divisionistas criaram em novembro de 1983, na Praia Grande – SP, a Coordenação da Classe Trabalhadora, que não procura assumir-se enquanto central sindical.

Em agosto de 1984, novamente em São Bernardo do Campo – SP, realizava-se o I Congresso Nacional da CUT, participaram 5.222 delegados representando 937 entidades sindicais. O Sindimetal estava entre essas entidades e somava-se as entidades e dirigentes sindicais mais consequentes e comprometidos com os trabalhadores na época.

As várias lutas ocorridas na categoria, ainda em 83 e principalmente na campanha salarial, em abril de 84, trouxeram várias conquistas, entre elas: as “Comissões de Fábrica”. Na prática assistimos o resgate da credibilidade da Entidade à frente das lutas dos metalúrgicos.

O surgimento dessas Comissões exigiu da diretoria uma nova postura, pois, era fundamental democratizar as instâncias de decisão.

Assim, ocorre o I Encontro dos Trabalhadores Metalúrgicos de Sorocaba (Comissões e Grupos da Fábrica), em Praia Grande – SP, nos dias 16 e 17 de junho de 1984.

Participaram 60 metalúrgicos, da comissão e grupos de fábricas, representantes dos trabalhadores das seguintes empresas: Yanes, Pirelli, Catu, Metalúrgica NS Aparecida, Grupo Maquinasa, Barros Monteiro e Faço.
Os temas discutidos passam pela relação das comissões com a diretoria do sindicato, pelo funcionamento das comissões em cada local de trabalho, no intercâmbio das experiências vividas por cada uma delas e principalmente por um plano de formação política voltada aos metalúrgicos. O clima de companheirismo e de disposição de luta norteou esse I Encontro.

A categoria metalúrgica, definitivamente, estava viva e disposta a escrever uma história de conquista, junto aos sindicatos combativos.

Participou das principais lutas da época, da construção da CUT, tendo inclusive membros na direção nacional, estadual e o primeiro Presidente da CUT Regional Interior I, com sede na cidade de Campinas.
Por outro lado, os empresários estavam desarticulados e nem mesmo o uso da repressão policial, intimidou os metalúrgicos.

No ano de 1985, como resposta ao grande número de desempregados, o movimento cutista – o Sindimetal junto – prioriza a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução dos salários, Esta bandeira, incendiou a categoria e as greves estouravam todos os dias. Neste ano, várias empresas reduziram sua jornada de trabalho, no entanto somente na empresa Pries chegou-se às 40 horas semanais. Esta luta teve como consequência a demissão de vários ativistas sindicais da categoria.

Na cidade de Sorocaba, outras categorias começaram a se articular para reconquistar os seus sindicatos. Apoiados pela CUT, via Sindimetal, os condutores e os têxteis foram os primeiros a derrotarem os pelegos. Outras categorias ainda, como os funcionários dos correios, as costureiras, os químicos, cimenteiros, entre outros realizaram várias greves organizadas e liderados pelos metalúrgicos e pela CUT.

O movimento nos bairros, o movimento estudantil e os sem-terras também tinham nos metalúrgicos, um forte aliado para suas justas causas.

Se na política desenvolvida junto a categoria e na relação com a sociedade, tudo era solidariedade e companheirismo, internamente, ou seja, dentro da diretoria, as disputas eram visíveis.

O estrelismo atingiu alguns diretores, a inveja e a omissão outros e a desilusão ou interesses particulares já haviam tirado vários membros da diretoria. Isso tudo acabou acomodando-se em duas posições: uma liderada pelo Presidente do Sindicato, Wilson Bolinha, reforçada pela maioria das Comissões de Fábrica e Grupos de Fábrica; e outra liderada pelo Secretário Geral do Sindicato, João Batista e a Chapa 3, encabeçada por Wilson André.

Se as Chapas 1 e 2, embora com divergências, estavam no campo cutista, a Chapa 3, representava o peleguismo oportunista, e foi montada pelos empresários da cidade em conjunto com os adversários da CUT .

Nesta eleição, a diretoria foi aumentada em 10 membros, com a criação do Conselho Consultivo, passando de 24 para 34 diretores. Somente a Chapa 1 apresentou todos os membros, deixando claro o seu trabalho de base junto a categoria.
Nos dias 12, 13 e 14 de agosto de 1986 aconteceu a eleição. Marcada por um clima de grande disputa nas portas das fábricas e por momentos de violência em várias ocasiões.

No dia 14, à noite, Sorocaba foi invadida por simpatizantes das três chapas em disputa. A apuração dos votos realizou-se no Ginásio Municipal de Esportes. Votaram 4.702 eleitores, sendo que, a Chapa 1 obteve 2.682 votos, a Chapa 2 obteve 991 e a Chapa 3 obteve 797 votos, ainda apurou-se 70 votos em branco e 162 nulos .

De acordo com o Estatuto da Entidade, embora a Chapa 1 tivesse uma grande diferença em relação as outras duas chapas, a mesma não obteve maioria absoluta e foi convocado um segundo escrutínio para os dias 18,19 e 20 de agosto do mesmo ano.
Na prática, somente a Chapa 1 continuou no processo, pois tanto os membros da Chapa 2, como os da Chapa 3, abandonaram a disputa. O 2º escrutínio respeitava apenas o estatuto.

No dia 20 de agosto, foi realizada a apuração dos votos. Concluída a contagem dos votos, foi computado o total geral dos votos atribuídos a cada chapa, sendo o seguinte o resultado: Chapa 1 – 3.352 votos, Chapa 2 – 195 votos e Chapa 3 – 573 votos.
Vencia a Chapa 1; repleta de membros das Comissões e Grupos de Fábrica. Senão vejamos:
• Comissão da Pirelli: Carlos Roberto de Gáspari, Nelson Gonçalves, Francisco Pedro de Medeiros, Antonio Benedito Bernabé, José Rubens Nunes e Manoel Rodrigues Carrilho.
• Comissão da ZF: Reinaldo Ubirajara M. de Oliveira e Cícero Gomes Neto.
• Comissão da Villares: José Francisco Mancio.
• Comissão da Catu: Miguel Benedito Costa, Roberto Ferreira da Silva e Pedro Magoga Mome.
• Comissão da Case: José Orlando de Almeida.
• Comissão da Yanes. Moacir Alves Taveira e Élcio Rice.
• Comissão da Pries: João Carlos Oliveira.

Como membros de Grupos de Fábrica: Geraldo Titotto Filho, Vera Lúcia Rocha, Carlino Fernandes, Osvaldo Cruz Proença, Aldenir Marinho de Souza, Flávio Rangel de Souza, José Leocádio Conceição, Wanderlei Pedroso de Almeida, Moacir dos Santos, Romeu Pires de Barros (o mesmo da Chapa 3, em 1981) e Hamilton Pereira.

Da Diretoria do Sindicato, eleita em 1983, tínhamos: Wilson Bolinha, Edson João Mora, José Carlos Pereira, Lourival Garcia, Alvacy Lopes Ferreira, José Eduardo Assunção e Jair Pereira da Silva.

Esta Diretoria, do ponto de vista ideológico, tinha vários membros ligados a Pastoral Operária, outros com orientação marxista-leninista e alguns independentes.

Isso apontou como prioridades, a ação sindical para o aprimoramento da organização no local de trabalho, para a formação política dos metalúrgicos, pelo fortalecimento da CUT e do movimento popular, para a democratização dos organismos da Entidade e na compra de uma nova sede social, que pudesse acompanhar o crescimento da categoria. Mas sem dúvida alguma, a grande marca seria a da moralização da atividade do dirigente sindical e da boa utilização do patrimônio da categoria.

A diretoria encaminhou todas as lutas da categoria, desde as que visavam resultados imediatos para a categoria, como as que visavam objetivos comuns a todos os trabalhadores, como as Greves Gerais chamadas pela CUT nesse período.

Em dezembro de 1987, realizou-se na cidade de Campinas/SP, o 2º Encontro dos Metalúrgicos de Sorocaba (dias 5 e 6). Participaram entre trabalhadores de base, dirigentes sindicais e funcionários do Sindicato, 108 (cento e oito) pessoas, sendo que, destas, oito eram mulheres, no conjunto representava, 31 fábricas, onde trabalhavam 15413 operários.

Constam das indicações desse 2º. Encontro as seguintes questões; onde outras:

Referente à categoria:
• Reforçar o trabalho com as Comissões de Fábrica, CIPAs e Grupos de Fábrica.
• Estender o trabalho de organização, atingindo os desempregados e os trabalhadores nos bairros;
• Definir uma política sindical para as pequenas e médias empresas;
• Relacionar, junto aos trabalhadores, as pequenas lutas do dia a dia com os grandes problemas nacionais.

No plano geral:
• Desenvolver um Sindicalismo Classista que atue nas lutas por reajustes salariais e pequenas conquistas, mas que também tenha como meta o avanço das idéias socialistas no Brasil;
• Lutar pela CUT, defendendo que ela seja, sempre, uma central democrática, livre e constituída pela base em todos os níveis.
• Fortalecer as lutas populares na região, dando ênfase aos Sem-terras e a luta contra Aramar.

Finalmente, o 2º Encontro serviu para aprofundar as discussões, visando a preparação da Campanha Salarial de abril de 1988.

Nesse sentido, num balanço de final de mandato, observa-se que três questões significativas foram encaminhas pela diretoria.
• No que diz respeito a luta dos sem-terras, assim que um grupo foi assentado próximo a cidade de Porto Feliz, os metalúrgicos não pouparam esforços para viabilizar o assentamento, a produção e a distribuição dos produtos agrícolas.
• Na luta contra o Projeto Aramar, instalado na Fazenda Ipanema, na cidade de Iperó, destinado à produção de urânio enriquecido e à construção de protótipo do reator para o submarino nuclear brasileiro, e mantido de forma clandestina por vários anos, o Sindimetal não só denunciou, organizou a população para as gigantescas manifestações de rua, que culminaram com uma passeata de 10 mil pessoas, em 20 de novembro de 1987, como também, foi co-autor do livro: “De Angra a Aramar – Os militares a caminho da Bomba”, juntamente com o Centro Ecumênico de Documentação e Informação – CEDI -, o Departamento de Estudos Sócio-Econômicos e Políticos/CUT – DESEP e o Núcleo Ecológico Morro de Ipanema – NEMI . Esta obra detalhava todo o programa nuclear brasileiro, gerado no seio da ditadura militar, e que tinha como objetivo, pelo menos do ponto de vista técnico, a construção da Bomba Atômica Brasileira.
• A compra de uma sede própria, sito a Rua Júlio Hanser, número 140. Um prédio de quatro andares, com várias salas, que acomodaria toda a infra-estrutura necessária para o trabalho sindical e cultural. Além disso, a área compreende dois enormes terrenos laterais ao prédio e uma quadra de cimento para a prática de esporte.
• Finalmente, esta Diretoria inicia um programa de formação profissional, com a implantação de vários cursos no Sindicato, e também abre suas instalações para atividades de teatro, culminado com a consagração do Grupo Engrenagem, que apresenta uma peça em vários eventos operários e em assentamento de sem-terras.
Nesse período, mais exatamente após agosto de 1986, a CUT começou a viver disputas internas, entre as várias forças que a constituíram, (depois de criada num processo de unidade e livre dos pelegos) pelo controle político da CUT e porque não dizer, dos seus aparelhos.

Duas grandes forças surgiram: A “Corrente Articulação”, comandada pelos antigos Autênticos, onde o referencial era o sindicalismo do ABC paulista; e a “CUT pela Base”, comandada pelos metalúrgicos de Campinas e pela oposição sindical metalúrgica de São Paulo. A primeira com várias posições políticas dentro de si, e a segunda com forte presença da Pastoral Operária.

Essa disputa atinge o Sindimetal e quase provoca um novo racha nas eleições de 1989. No entanto, militantes pressionaram no sentido da unidade, e após muita discussão, chegou-se a um acordo. Essas discussões foram feitas por quatro diretores, onde estavam, teoricamente, representadas as duas posições da Diretoria. De um lado, Geraldo Titotto Filho e Hamilton Pereira e do outro, Pedro Magoga Mome e Vanderlei Pedroso de Almeida.

Resolvido os impasses, foi montada a Chapa que disputaria a eleição dos dias 2, 3 e 4 de agosto de 1989. Dos trinta e quatro inscritos, onze pertenciam a diretoria anterior e os demais eram novos militantes de base. Essa unidade desencorajou uma possível oposição, que chegou a ser articulada pelos empresários e políticos burgueses, com a participação dos velhos pelegos.

Assim, no dia 24 de setembro tomava posse a Chapa 1, que concorreu sozinha na eleição. A mesma foi composta da seguinte forma: Presidente – Geraldo Titotto Filho, Vice-Presidente – Hamilton Pereira, Secretário Geral – Carlos Roberto de Gáspari, 1º Secretário – Vanderlei Pedroso de Almeida, Tesoureiro Geral – Pedro Magoga Mome, 1º Tesoureiro – João Carlos Oliveira, Diretor de Patrimônio – Edson João Mora.

Suplentes da Diretoria: José Carlos Teixeira, Nelson Gonçalves, Osmael Claudiano Pires, Roberto Lapa, Célia de Oliveira, Edjalma Bernardo de Oliveira e Antonio Rodrigues dos Santos.

Para o Conselho Fiscal: Antonio Arnaud Pereira, Marco Antonio Jucelino de Oliveira e João Antonio Prado. Como suplentes: Roseli A. M. Berlamino, Roberto Ferreira da Silva e Miguel Bendito Costa.

Como Delegados da Federação: Adilson da Silva e Márcio da Silva Souza; e como suplentes: Rosicler Rosa de Oliveira e Márcio Ferreira Alves.

E finalmente, para o Conselho Consultivo: João Edson Ventura, Francisco de Assis Lopes, Admilson Ramos Monteiro, Duarte Aparecido de Moura e Moacir Alves Taveiro. Como suplentes: Flávio Rangel de Souza, Francisco Ferreira Leite Filho, Edson Paulo Basseto, Reinaldo Mendonça Silva e Waldir dos Santos Ferreira.

Esta diretoria tinha como propostas, entre outras:
a) Reforçar o trabalho de formação política da categoria;
b) A organização no local de trabalho;
c) O aprimoramento dos cursos de formação profissionalizante dentro do sindicato, bem como, das atividades culturais, e principalmente modernizar e profissionalizar as secretarias do Sindimetal.

Assim sendo, vários setores foram informatizados; a gráfica ganhou novos equipamentos e um novo espaço; foi firmado um convênio com o DIEESE e implantado uma subseção do mesmo na cidade; os cursos profissionalizantes foram ampliados etc.

No plano geral, o Sindimetal procurou ações intersindicais visando a ação conjunta dos trabalhadores com grupos de empresas, como a Villares, por exemplo, e uma atuação mais internacionalista. Continuou assumindo a sua parcela de responsabilidade, no sentido de construir a CUT, que já era uma realidade na cidade e em todo país. Resistiu a perversidade da política recessiva das elites nacionais.

Na política local, cobrou das autoridades legais, uma política social justa, participou da construção da Secretaria de Saúde dos trabalhadores e ofereceu um de seus membros, Hamilton Pereira, ao conjunto da sociedade para a função de prefeito municipal. Este é claro, concorreu através de seu partido político, já que no Brasil, esta e a única forma de disputar uma eleição.

Como candidato do Partido dos Trabalhadores, Hamilton Pereira, abalou as estruturas do poder local, chegando ao segundo turno e perdendo por uma pequena margem de votos para o candidato das elites. A bem da verdade, depois de um processo violento de calúnias, mentiras e de uma avalanche de recursos financeiros do candidato vencedor pelo PMDB – Paulo Mendes.

Essa diretoria enfrentou todo período de Collor de Mello, do sequestro da poupança popular, do arrocho salarial, do desemprego, das falências de várias empresas, no Brasil de mentiras, da corrupção, enfim, do chamado neoliberalismo do terceiro-mundo.

Por outro lado, viveu também todo processo pelo resgate da cidadania, pela resistência das forças democráticas, do visual dos “caras-pintadas”, pelo impedimento do presidente corrupto etc.

Ainda na defesa do patrimônio dos metalúrgicos essa diretoria entrou com processo de “usucapião” da antiga sede da Rua da Penha, 748 – contra a Federação de São Paulo e terminou de pagar as prestações da nova sede. A entrega da chave teve a presença de Lula e aconteceu de forma festiva no dia 21 de dezembro de 1991.

No entanto, se a diretoria estava unida nas lutas travadas contra a burguesia, internamente, a disputa, marcada pelas divergências antigas, havia aumentado. Os que haviam lutado pela unidade no passado, estavam desiludidos ou frágeis, diante do estágio da disputa.

O Brasil tinha mudado, a Europa mudará, os países socialistas do Leste Europeu sofreram profundos golpes, a URSS estava dividida, o muro de Berlim derrubado, enfim os ventos sopraram em todas as direções.

O Sindimetal, não poderia conviver com estas divergências dentro da diretoria. A divisão talvez fosse o melhor caminho. E assim aconteceu. Nas eleições de 27, 28 e 29 de junho de 1992, duas chapas cutistas se enfrentaram. A Chapa 1 – ligada a “Articulação” e encabeçada por Carlos Roberto de Gáspari, e a Chapa 2 – ligada a “CUT Pela Base” e encabeçada por Edson João Mora. Ambas, traziam membros da diretoria anterior e vários militantes de base que haviam despontado nas lutas da categoria.

No dia 29 de julho, após a apuração de todos os votos, tinha-se o seguinte resultado: a Chapa 1 – 3357 votos, Chapa 2 – 2786 votos.

Assim, no dia 24 de setembro de 1992 a Chapa 1 toma posse como verdadeira representante dos metalúrgicos de Sorocaba, sabendo que a diferença que lhe conferiu a vitória residia em 571 votos e que agora deveria trabalhar e representar, também, os 2786 votos conferidos a Chapa 2.

Esta nova diretoria foi composta da seguinte forma: Presidente – Carlos Roberto de Gáspari, Vice-presidente – Wilson Bolinha, Secretário-Geral – Antonio Arnaud Pereira, 1º Secretário – Circe Jesus de Camargo, Tesoureiro Geral – José Carlos Fernandes, 1º Tesoureiro – Ademir Pinto da Silva, Diretor de Patrimônio – Antonio Carlos da Silva.
Suplentes da Diretoria: João Antonio Prado, José Carlos Teixeira, Daniel Antunes de Oliveira, Soraia Regina Maschio, Roberto Lapa, Wanderlei Alberto de Almeida e Manoel Vieira e Carvalho.
Conselho Fiscal: Osmel Claudiano Pires, Antonio Rodrigues dos Santos e Roseli Aparecida Martins Belarmino. Como suplentes: Manoel Antonio Sobrinho, Antonio dos Santos e Ricardo Benedito de Paula.
Delegados junto à Federação: Reinaldo Mendonça Silva e Viviane Cristina Oliveira. Como Suplentes: Luis Ifanger e Fernando Rodrigues da Silva.
Conselho Consultivo: João Batista de Oliveira, Osvaldo Gonçalves Durães, Francisco de Assis Lopes, Samuel dos Santos e Izídio de Brito Correia. Como Suplentes: Cláudio Garcia Urtado, Valdomiro Gonçalves Neto, Ivo Alves Bueno, José de Oliveira e Jair Boldrin Lopes.

Esta diretoria aponta para as seguintes bandeiras de luta:
• Destaque para a cultura e o lazer como forma de resgate da cidadania;
• Lutas pelo Contrato Coletivo de Trabalho, visando unificar as conquistas dos trabalhadores nos mais diversos níveis;
• Articular uma política alternativa para Sorocaba, a partir das experiências e interesses dos metalúrgicos;
• Criar novas formas de organização e funcionamento do Sindicato, visando o seu papel histórico;
• Trabalhar para a integração campo-cidade, reforçando a luta pela Reforma Agrária em todos os níveis.

Nesse sentido, essa diretoria cumpriu com os seus objetivos. Vejamos:
• No dia 23 de janeiro de 1993, foi realizado, na sede do Sindicato, o 3º Encontro Metalúrgico de Sorocaba e Região.
• No mês de agosto, o Sindimetal elege a primeira Comissão de Condições de Trabalho, Saúde e Meio Ambiente, do país. Esta comissão faz parte das propostas da CUT para a área e visa preencher as debilidades apresentadas pelas atuais CIPAs. O pioneirismo foi fruto da organização dos 400 trabalhadores da indústria Cooper de Sorocaba e da vontade política da diretoria do Sindimetal. Sem dúvida, esta conquista colocou o Sindimetal na vanguarda da luta pela segurança e saúde do trabalhador, bem como, na preservação do meio ambiente.
• Em outubro o Sindimetal, junto com outros sindicatos cutistas da cidade, denuncia o excesso de horas-extras e o nível de desemprego. Mais que isso, cobra do prefeito e do DRT medidas para conter esse abuso e suas consequentes distorções. Enquanto isso realiza piquetes nas portas das empresas que exigem horas extras nos finais de semana;
• Ainda em outubro, cansados pelo atraso dos pagamentos, 170 operários da empresa Bestetti de Sorocaba propõem juntamente com o Sindimetal a cogestão da indústria. Produtora de macacos hidráulicos, a Bestetti sem perspectiva de futuro aceita a co-gestão. É a primeira experiência na categoria a as coisas mudaram para melhor;
• Nos dias 11 e 12 de novembro o Sindimetal, organizou um seminário sobre terceirização, e suas consequências para os trabalhadores, com a presença de sindicatos de Vitória-ES, Santos-SP, Monte Alto-SP, ABC-SP, Pindamonhangaba-SP, Rio de Janeiro-RJ, Federação dos Metalúrgicos Cutistas e a APEOESP de Sorocaba.

A discussão apontou para a continuidade do debate, capacitação dos dirigentes sobre o tema, abrir a discussão junto aos trabalhadores, unificar as lutas etc.
f) Em 27 de novembro do mesmo ano, foi inaugurado o Espaço Cultural dos Metalúrgicos, na antiga sede da Rua da Penha, com a coordenação a cargo do teatrólogo sorocabano Carlos Roberto Mantovani.

O Sindicato Cidadão
Com um novo conceito, o Sindimetal passa a agir em defesa do trabalhador, além do chão de fábrica, defendendo seus direitos na sociedade, nos bairros, na cidade, no país. Em resumo, pelos direitos de cidadania, tais como educação, cultura, saúde, habitação, emprego, participação política, informação e lazer, entre outros.

A implantação desse conceito entre os metalúrgicos de Sorocaba, em 1992, resultou em diversas parcerias, ações sociais, respeitabilidade social e conquistas políticas para a categoria.

A seguir, alguns desses resultados obtidos após a incorporação dessa mentalidade no cotidiano da entidade e após a prática do sindicalismo cidadão:
• Criação do Espaço Cultural dos Metalúrgicos (1993);
• Investimento em Comunicação com a categoria e a sociedade (1993);
• Criação da Campanha Natal Sem Fome de Sorocaba (1993);
• Participação na Comissão Municipal de Emprego de Sorocaba;
• Participação no Conselho Municipal de Saúde;
• Participação no Conselho Municipal de Desenvolvimento;
• Parceria com o Grupo Imagem/registros de imagens, exposições, eventos etc.;
• Parceria com a secretaria de Cultura de Votorantim;
• Parcerias na área de crédito habitacional;
• Estreitamento das relações com lideranças comunitárias e religiosas, entidades filantrópicas, universidades etc.;
• Eleição de, na época, representante da categoria na Câmara de Sorocaba;
• Eleição de um deputado estadual metalúrgico;
• Apoio e participação no Ceadec – Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Emprego e Cidadania;
• Apoio à Rede Cata-Vida de coleta seletiva e reciclagem;
• Apoio as lideranças que representem os interesses dos trabalhadores nas instâncias de poder;
• Criação do Fórum de Desenvolvimento Regional (1999);
• Realização de eventos que incluem prestação de serviços à população (1º de Maio e CUT Cidadã, por exemplo);
• Participação mais efetiva e organização de eventos como Dia da Mulher, Dia da Consciência Negra etc.;
• Implantação do Banco de Alimentos de Sorocaba;
• Apoio à Folia de Reis (desde 1994) e outras iniciativas folclóricas e culturais;
• Parcerias para supletivos/telecurso no Sindicato;
• Desenvolvimento de parcerias para qualificação profissional nas sedes;
• Criação do coletivo Juventude Metalúrgica;
• Comissão metalúrgica de Esportes;
• Secretaria metalúrgica de Políticas Sociais;
• Espaço na sede para eventos culturais e religiosos;
• Divulgação de eventos filantrópicos e culturais;
• Providências em atenção aos portadores de necessidades especiais: rampas, elevador e sanitários apropriados na sede, intérprete de Libras em assembléias etc.;
• Procura pela mídia para comentar assuntos diversos, além dos tipicamente sindicais e trabalhistas;
• Apoio à imprensa alternativa, como Revista do Brasil, Provocare, rádios verdadeiramente comunitárias etc.;
• Defesa do Sindicato Cidadão em Congressos, Encontros e Seminários da CUT;

Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região hoje é uma referência não só na categoria, mas também na sociedade.

Por isso também o nosso Sindicato continua, como sempre foi nas últimas décadas, um exemplo de atuação séria, firme, ousada, criativa e representativa para outras categorias profissionais.

Após dois mandatos de muito trabalho, desafios e superação, Gaspari elege Izidio de Brito Correia como seu sucessor. No ato de posse do novo presidente do Sindicato, em 24 de setembro de 1998, o Deputado Estadual Hamilton Pereira, destacou aos novos dirigentes a importância do Sindimetal para o sindicalismo brasileiro e para a cidade de Sorocaba e região. Com a palavra, Izídio assume o compromisso de levar adiante a luta pelas conquistas imediatas e históricas dos trabalhadores e pelo fortalecimento das instâncias cutistas, compromisso sintetizado em três eixos distintos:
1º Fortalecer o Sindicato no local de trabalho e ampliar as conquistas da categoria;
2º Estreitar os laços da categoria com a comunidade e aumentar a interferência do Sindicato nas decisões político-sociais;
3º Preparar o Sindicato e a categoria para os desafios do novo milênio.
A Chapa 1, liderada por Izídio, recebeu 7120 votos dos 7297 metalúrgicos que votaram, consolidando a liderança e a força da CUT na categoria metalúrgica em Sorocaba e região.

Anos 2000…
A partir do ano 2000, com a liderança de Izídio – que dirige o Sindicato até 2010, quando se afasta para assumir a vereança em Sorocaba – o Sindicato adota uma nova forma de organização: surgem os Comitês Sindicais de Empresa. Contrariando, mais uma vez a legislação vigente, a Diretoria foi ampliada e a Organização no Local de Trabalho – OLT, passou a ser prioridade.

Agora, para fazer parte da Diretoria, o trabalhador deveria primeiro ser eleito pelos trabalhadores da empresa onde trabalha e só depois, num segundo turno, ser eleito diretor do Sindicato.

O resultado foi significativo, aumentou a representatividade e a participação da categoria – mais de 50 fábricas contavam com CSEs, o que garantiu conquistas importantes, inclusive de aumento real nos salários.

Na relação com a sociedade, o projeto iniciado com a Campanha Natal Sem Fome evoluiu, dando origem ao Banco de Alimentos, que desde sua fundação tem diminuído as desigualdades em nossa cidade e permitindo vida digna a centenas de indivíduos socialmente excluídos.

No plano político, Izídio de Brito foi eleito vereador em Sorocaba com uma proposta de mandato popular e de consulta permanente as bases. Em seu lugar, assume Ademilson Terto da Silva, diretor do Sindicato desde 1995, reeleito nas eleições de 2011, liderando a Chapa 1, junto com João de Moraes Farani – Vice-Presidente, Alex Sandro Fogaça – Secretário de Finanças, João Evangelista de Oliveira – Secretário Geral, Valdeci Henrique da Silva – Secretário de Organização, Adilson Faustino e Clodoaldo Aparecido Garrote – Diretores Executivos, defendendo as seguintes propostas e compromissos, entre outras;
• Lutar pelo fortalecimento dos CSEs;
• Trabalhar pela OLT e formação de militantes e cipeiros na categoria;
• Manter a luta pela redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário;
• Lutar pela Campanha Salarial Unificada para todos os ramos metalúrgicos;
• Combater a precarização na categoria;
• Criar políticas que valorizem o jovem, incentivando sua participação na política;
• Lutar pelo reconhecimento dos aposentados e pelo fim do “Fator Previdenciário”, criado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso;
• Criar políticas específicas de valorização da mulher, tanto na fábrica como na sociedade etc.

Nesse período, a Diretoria do Sindicato também fez crescer o patrimônio da categoria investindo em novas sedes – Piedade, Araçariguama e Iperó, e áreas de lazer – Colônia de Férias e Clube de Campo, além de reformar e modernizar a sede da Rua Júlio Hanser, 140.

A luta continua…
O momento atual tem sido de planejamento. Assim, investir na formação da Diretoria e em novos militantes, bem como, consolidar os CSEs passou a ser prioridade.
Finalmente, está Diretoria reafirmou a disposição de luta para avançar nas conquistas imediatas e históricas dos trabalhadores metalúrgicos e brasileiros, o que exige investimentos no setor de formação do Sindicato e no preparo da futura geração que conduzirá as lutas da categoria.

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