Na última semana, o governo federal lançou o projeto Nova Indústria Brasil, que consiste em uma política industrial que possui missões para reindustrializar o país, usando os avanços tecnológicos, gerando impacto social na vida da população. O anúncio desta nova política gerou dúvidas e o SMetal tem a responsabilidade de explicar algumas coisas para você.
Diante do futuro, muitos novos termos têm se popularizado entre os empresários, portanto, é importante que você, metalúrgico, também esteja a par dessas palavras e seus significados. Confira os mais importantes no momento:
Indústria 4.0
É como se chama a nova forma que produzimos as coisas. O foco da Indústria 4.0 é a melhoria da eficiência e produtividade dos processos.
Neoindustrialização
É o processo de usar tecnologias mais avançadas, como robôs e computadores, para aumentar a produtividade nas fábricas de forma sustentável
Transição Energética
É a transformação do uso de energia que utiliza combustíveis fósseis para energia limpa e renovável para diminuir o efeito estufa no planeta.
Transição Justa
É um conceito defendido pelo movimento sindical para que a transição energética seja justa e garanta emprego e trabalho decente para todos.
O papel da indústria na economia e na vida das familias
Especialistas chamam de “efeito multiplicador” a capacidade que a indústria tem de transformar bens e serviços, além de agregar valor aos seus produtos. Por exemplo: enquanto a cada R$1,00 investido na agropecuária gera retorno de R$1,72 na economia, a cada R$1,00 investidos na indústria R$2,70 voltam para a cadeia econômica.
“Os esforços do governo em propor uma política industrial vem no sentido de lutar contra o processo atual de enfraquecimento do setor. O SMetal enxerga essas políticas como fundamentais e vê que os trabalhadores precisam estar no centro desse debate” comenta o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira.
Ele recorda que é nas fábricas que estão postos de trabalho com mais benefícios e melhores salários para os trabalhadores e que isso repercute com o efeito multiplicador.
Um exemplo desse efeito é a família do metalúrgico Nelson Navarro, que há 37 anos trabalha na Moto Peças. Ele conta que foi a partir da sua atuação na indústria que pôde ajudar na formação de uma filha em ciências contábeis e, agora, se prepara para ver a caçula se graduar em medicina. “Eu me sinto realizado e orgulhoso da nossa luta para que elas pudessem estudar uma profissão que sonhavam em fazer”, diz.
A história de Nelson se mistura com inúmeras famílias sorocabanas, já que a cidade é um grande polo industrial e permite que filhos e filhas de metalúrgicas hoje sejam contadores, médicos e muito mais. “É por isso que, quando pensamos em melhorias tecnológicas e ambientais, precisamos incluir o trabalhador nessa conta”, reforça Leandro Soares, presidente do SMetal.
Os salários médios na indústria são mais altos: R$ 2.521 para quem não possui diploma e R$ 7.800 para graduados. Em comparação com R$ 2.236 e
R$ 6.200 em outros setores.
Nos últimos vinte anos, o Brasil observou algumas tentativas de proposição de política industrial por parte dos governos vigentes. Veja como cada líder se comportou diante do assunto:
O atual governo apresentou algumas políticas de incentivo à atividade industrial. PAC 3, PEIEX, NIB, retomada do CNDI, Padis, Custo Brasil são algumas delas.