Confira os impactos do modelo de terceirização existente hoje no Brasil, que só permite a contratação indireta para atividades-meio; se a terceirização da atividade-fim virar lei, as condições de trabalho e de salários devem piorar ainda mais.
ÍNDICE ATUAL
• 27% do mercado formal no Brasil já é terceirizado
– Dos 47,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada; 12,7 milhões são terceirizados
• No estado de SP, a taxa de terceirização sobe para 30%
TRABALHO ESCRAVO
• 90% dos trabalhadores resgatados em condição análoga à escravidão são terceirizados
SALÁRIOS
• Salário 25% menor por função
– Em média, o terceirizado recebe 25% a menos para exercer a mesma função que o funcionário direto
• Salário médio 30,57% menor
– A média salarial dos trabalhadores brasileiros não-terceirizados é de R$ 2.639; enquanto que a média dos terceirizados é de R$ 2.021
• 29,5% é a diferença salarial entre trabalhadoras terceirizadas e não-terceirizadas
• 57% dos terceirizados recebem até dois salários mínimos
– Nos demais tipos de contratação esse índice cai para 49,3%
SAÚDE E SEGURANÇA
• Mais mortes
– De cada 5 mortes no trabalho, 4 são de terceirizados
• Mais acidentes
– De cada 10 acidentes de trabalho registrados, 8 são em empresas terceirizadas
• Mais INSS
O número de afastamentos pelo INSS devido a acidentes ou doenças ocupacionais é 50% maior entre terceirizados em comparação com contratações diretas (média de 9,6% contra 6,1%.)
PERMANÊNCIA NO EMPREGO
• Contratação direta:
média de 5,8 anos / Terceirizado, em média: 2,7 anos
• Rotatividade é 2 vezes maior entre terceirizados
– A taxa de rotatividade (substituição de trabalhadores) nas empresas terceirizadas é de 57,7%, contra 28,8% nas contratações diretas
JORNADA DE TRABALHO
• Terceirizados têm jornada 7,5% maior
– Jornada média de trabalho dos terceirizados é de 43 horas/semana (7,5% mais que as 40 horas, em média, dos contratados diretamente)