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Sorocaba

Novos hospitais públicos não saem antes de 2018

Obras do futuro Regional e do Hospital de Clínicas nem começaram ainda

Jornal Cruzeiro do Sul/Regina Helena Santos
PEDRO NEGRÃO/JCS

Mato toma conta da área onde será construído o novo Hospital Regional. Até placa está encoberta

O aumento do número de leitos hospitalares em Sorocaba não deve acontecer antes de 2018. Apesar de trâmites burocráticos em andamento para a implantação do novo Hospital Regional, pelo governo do Estado, e do Hospital de Clínicas, pela Prefeitura, que juntos somam 450 novas vagas, na prática nenhuma das duas obras começou. Os dois serviços serão implantados por meio de Parceria Público-Privada (PPP).

De acordo com dados da Fundação Seade, o número de leitos de internação em Sorocaba tem caído nos últimos anos. Os 2.675 existentes em 2008 diminuíram para 2.431 em 2013 e 2.191 em março deste ano (dados mais atualizados disponíveis pelo Datasus). Se considerados os números do Sistema Único de Saúde, estes são ainda menores. Sorocaba tinha 2.258 leitos SUS em 2008, 1.896 em 2013 e 1.436 em março deste ano.

No caso do novo Hospital Regional de Sorocaba, que atenderá a demanda não só da cidade, mas de toda a região, a espera pelo funcionamento da unidade deve ser maior. Quando comentou a instalação do novo hospital, em novembro de 2011, a previsão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) era de que a unidade já estaria funcionando no final de 2013. Três anos e meio depois do primeiro anúncio, no terreno que abrigará o complexo com 250 leitos hospitalares, no quilômetro 106 da rodovia Raposo Tavares, às margens da pista sentido capital, nem a placa indicativa da obra pode mais ser vista. O mato alto tomou conta da área de 40 mil metros quadrados.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde do Estado informou que a previsão é de que as obras sejam iniciadas ainda neste semestre – que termina em 50 dias. Se isso ocorrer sem entraves, ainda assim a entrega da unidade não acontece antes de junho de 2018, já que o prazo estabelecido em contrato é de três anos para sua implantação.

A empresa que venceu a licitação e construirá, equipará e administrará o hospital por 20 anos já foi escolhida e será a construção. O que atrasa o início das obras, agora, é a espera pela liberação de recursos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O recurso, que equivale a 2/3 do investimento total de R$ 248,4 milhões, será a parte do governo estadual na PPP. O 1/3 restante será investido pela empresa que administrará a unidade, que terá 96 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dez salas cirúrgicas.

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