Em 1º de janeiro deste ano, o salário mínimo recebeu um reajuste de 8,84% sobre os R$ 724 em vigor durante 2014 e passou a valer R$ 788.
Na verdade, o valor seria R$ 788,27, mas foi arredondado.
Os 8,84% foram calculados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2014 e correspondem a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 – de 2,5% – e a variação anual de 6,23% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Estima-se que 46,7 milhões de pessoas tenham seus rendimentos baseados no salário mínimo e que este aumento injetará R$ 38,4 bilhões na economia.
A quantia certamente vai ajudar o país a atravessar os ajustes sobre o consumo das famílias e a elevação da arrecadação de impostos, que
deve ser aumentada em R$ 20,7 bilhões.
Como a cesta básica de janeiro está estimada em R$ 355, o novo mínimo terá um poder de compra equivalente a 2,22 cestas básicas. Esta é a maior relação registrada entre as médias do salário mínimo e da cesta básica anual, desde 1979 e o novo mínimo tem o maior valor desde 1983.
Com as dificuldades que a economia atravessa, a decisão da presidenta Dilma em manter o compromisso pela manutenção da política de valorização do mínimo deve ser elogiada, pois terá impactos positivos na economia e na política.