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Campanha Salarial 2023

Nova rodada de negociações da FEM/CUT-SP não avança no reajuste salarial

SMetal esteve presente nas reuniões que aconteceram com o Siescomet, Sindratar, G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer), Sifesp, Siniem e Sindicel

Informações Imprensa FEM/CUT-SP

As reuniões aconteceram no decorrer desta semana com o Siescomet, Sindratar, G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer), Sifesp (fundição), Siniem (estamparia) e Sindicel | Foto: Adonis Guerra

A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) realizou nesta semana mais uma rodada de negociações referentes à Campanha Salarial 2023 com diversos grupos patronais. As reuniões aconteceram com o Siescomet, Sindratar, G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer), Sifesp (fundição), Siniem (estamparia) e Sindicel.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região esteve representado por dirigentes sindicais que estiveram presentes nas reuniões que tem acontecido de forma presencial em São Paulo.

De acordo com o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, não houveram avanços nas questões econômicas nas reuniões realizadas nesta semana. Em alguns grupos patronais, há a sinalização de reposição do INPC do período, que fechou 12 meses com 4,06% de perdas salariais, conforme divulgado essa semana pelo IBGE.

“Esse indicativo não atende a reivindicação da categoria. Nossa luta continua sendo a reposição integral do que foi perdido com a inflação desde setembro de 2022 e aumento real nos salários. Não vamos aceitar uma proposta sem aumento real e a garantia de todos os direitos sociais”, afirma Erick.

Ainda de acordo com ele, outras bancadas patronais sequer indicaram a proposta de repor integralmente a inflação. “A diretoria da FEM-CUT/SP segue reforçando nas mesas de negociação a importância da pauta de reivindicação aprovada pela categoria. Como sempre afirmamos, não vamos aceitar menos do que os metalúrgicos e metalúrgicas merecem”.

Entidade tem novas reuniões agendas para a próxima semana. A rodada será realizada com os seguintes grupos patronais: G.2 (Sinaees e Sindimaq), G.3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) e Sicetel.

Direitos Sociais

Max Pinho, secretário-geral da Federação, explica que alguns grupos patronais começaram apontar positivamente para as cláusulas sociais, em contrapartida há grupos em que a sensação é de que os representantes patronais não leram toda a pauta de reivindicações.

O sindicalista também conta que os grupos patronais têm justificado que estão dependendo de mais conversas, reuniões e assembleias com as empresas para avançar nas negociações da Campanha Salarial 2023. “Nossa expectativa é que, na próxima semana, a partir dessas tratativas das bancadas patronais com os empresários, tenhamos propostas formais para definir o andamento das negociações”, diz Max.

40 horas semanais

A bancada da FEM-CUT/SP tem defendido nas mesas de negociação a redução gradativa da jornada de trabalho sem a redução dos salários como uma medida social. A jornada reduzida já é realidade em algumas empresas da base, que contam com acordo de 40 horas semanais.

No Brasil, diversos estudos apontam que uma jornada de trabalho menor melhora a qualidade de vida dos trabalhadores e não prejudica a eficiência e a produtividade das empresas. Diversos países desenvolvidos já adotaram a redução de jornadas há alguns anos.

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