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'Super-Cipa'

Nova Comissão de Condições de Trabalho e Saúde da Apex é empossada

Mandato dos membros da Comissão de Condições de Trabalho, Saúde e Meio Ambiente (CCTSMA) da Apex é de um ano. Modelo foi pioneiro no Estado do São Paulo e existe desde 1993

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Cerimônia de posse da nova CCTSMA aconteceu na quarta-feira, dia 7, na Apex Tools, em Sorocaba

Cerimônia de posse da nova CCTSMA aconteceu na quarta-feira, dia 7, na Apex Tools, em Sorocaba

Tomou posse na última quarta-feira, dia 7, a nova Comissão de Condições de Trabalho, Saúde e Meio Ambiente (CCTSMA) da fabricante de ferramentas Apex Tool, em Sorocaba. Formada e eleita por trabalhadores da empresa, a CCTSMA tem um importante papel na segurança e saúde no ambiente de trabalho e atua de forma ampliada em comparação à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Silvio Ferreira, que também faz parte do Comitê Sindical da Apex (CSE), explica que, além de mais atribuições, outro diferencial da CCTSMA em relação à CIPA é que todos os membros são eleitos e não indicados, inclusive para o cargo de presidente.

“Isso amplia a atuação e a responsabilidade de seus membros, que tem um importante papel na fiscalização de todas as áreas da empresa, mas também no desenvolvimento de mapas de riscos, em conjunto com departamento de segurança da empresa”, explica Ferreira.

A CCTSMA é formada por cinco membros titulares e quatro suplentes, além de um representante do SMetal; e o mandato é de um ano. Os titulares são: Josenil Miranda (Bambu) – presidente; William Tadeu Minoru Alves Gushikem; Aldair José Caetano (Magrão) e José Luiz Vicentin. Já os suplentes são: Willian da Hora Rocha; Davi dos Santos; Gilmar Henrique Ribeiro e Valéria Zanonzini Simões.

Como funciona

Pioneira no Estado do São Paulo, a CCTSMA da Apex foi criada em 1993 e sua implantação foi negociada entre o Sindicato dos Metalúrgico e a diretoria da empresa, na época Cooper Tool.

Segundo o ex-sindicalista Carlos Roberto de Gaspari, presidente do SMetal naquele ano, o objetivo da “super-CIPA”, como foi considerada na época, era de ser mais abrangente que a CIPA e cuidar de atribuições anteriormente intocadas, como o impacto ambiental resultante da produção, mapeamento de riscos e as novas tecnologias a serem implantadas pela empresa.

“Mas a implantação da CCTSMA não foi fácil. Foi necessário muita luta”, lembra o dirigente sindical da Apex, João José Martins (Mineiro), que foi um dos membros eleitos na primeira Comissão, em 93. “Nós criamos ela na base da mobilização, após três dias de greve”, explica.

Atualmente, a CCTSMA funciona em conjunto com outros departamentos da fábrica e participa de vários programas internos. “O diálogo com o trabalhador é diário, conscientizando o sobre temas de segurança e saúde no trabalho”, conta Mineiro.

O dirigente explica que é o trabalhador do chão de fábrica que comanda a Comissão. A eleição é separada por setores e os membros do administrativo, que também são eleitos, só podem assumir à vice-presidência. O presidente é o mais votado entre os outros setores.

Prática exitosa

Em 2018, a planta de Sorocaba foi considerada pela segunda vez a empresa mais segura e produtiva de todo o grupo Apex Tool no mundo, recebendo como forma de reconhecimento o Prêmio Global EDGE (Employees Dedicated to Growth and Excellence – Colaboradores Dedicados ao Crescimento e Excelência).

De acordo com Mineiro, a atuação e reconhecimento da Comissão de Sorocaba é um diferencial de todo o grupo Apex Global. “Antes da implantação da CCTSMA, havia muito acidente na fábrica, teve época que chegamos a ter mais de 40 no ano. Hoje estamos há mais de dois anos sem acidentes”, conta o dirigente sindical.

O secretário de administração e finanças do SMetal, Tiago Almeida do Nascimento, que coordena a pasta de Saúde na entidade, participou da posse da CCTSMA e destacou a importância de iniciativas como a da Apex. “O Sindicato iniciou um trabalho de fortalecimento das CIPAS na categoria e pretendemos buscar mecanismos para que o modelo da CCTSMA também seja incorporado por outras empresas metalúrgicas”, destaca.

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