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Nova assembleia decide futuro da greve dos professores estaduais em São Paulo

Secretaria Estadual de Educação fala em 1% de ausência dos docentes nas escolas, enquanto sindicato dos professores afirma que 33% da categoria aderiu à greve

Rede Brasil Atual
J. Duran Machfee / Futura Press
A categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e o governo oferece 8,1%. Segundo a Apeoesp, o aumento proposto, significa reajuste de 2%

A categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e o governo oferece 8,1%. Segundo a Apeoesp, o aumento proposto, significa reajuste de 2%

Professores da rede estadual realizam hoje (3) à tarde assembleia para decidir sobre a manutenção da greve que teve início dia 22 de abril. Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o movimento tem adesão de 33% da categoria. O sistema de educação do estado conta com cinco milhões de alunos e 220 mil professores.

A assembleia geral será realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, às 14h. No último sábado (27), cerca de 20 mil professores, segundo a assessoria da Apeoesp, participaram da última reunião da categoria para deliberações sobre o movimento e de uma passeata até a Praça da República, onde fica o prédio da Secretaria Estadual de Educação.

Em entrevista à TVT, a vice-coordenadora da regional da Apeoesp no ABC paulista, Naiara Nabarro, afirmou que o governo “endurece”, enquanto afirma dialogar com a categoria mas “não reconhece que há greve”.

Em nota, a Secretaria informou que “na última terça-feira (30), o registro de faltas de professores teve oscilação de apenas 1% do total de docentes em relação à média diária de ausências de aproximadamente 5%.”

“O governo chamou a Apeoesp pra negociar semana passada e não apontou nada significativo para que as condições de trabalho da categoria melhorem em relação a pauta salarial, reajuste. Estamos lutando para que reconheça que existe greve e que a situação na sala de aula está insuportável.”

Ontem (2) professores estaduais organizaram uma manifestação em Mogi das Cruzes, no Alto Tiête, que contou com a presença de alunos. Inês Paz, diretora da Apeoesp em Mogi, afirmou que há anos a situação das salas de aula são precárias. “Não é possível que a educação em São Paulo, um dos estados mais ricos da federação, seja sucateada, as escolas estão superlotadas. Desde 2007 a educação vem caindo de qualidade, isso não é responsabilidade do professor, mas responsabilidade deste governo que não investe na educação”, disse em entrevista à TVT.

Reivindicações

A categoria reivindica reposição salarial de 36,74% e o governo oferece 8,1%. Segundo a Apeoesp, o aumento proposto pelo governo significa reajuste de 2%, após desconto da inflação.

Os professores também querem o cumprimento da lei que determina que um terço da jornada de trabalho seja destinada a atividades de formação e preparação de aulas e a extensão dos direitos da categoria aos contratados temporariamente. A Secretaria da Educação diz que cumpre a exigência de liberar os professores para as atividades extraclasse. “A redução da jornada de trabalho já foi conquistada, é uma lei federal que o governo do estado simplesmente não implementou”, comentou Naiara.

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